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Galo falha, sofre castigo no fim e perde para o Olímpia no Paraguai

18 jul 2013 - 00h07
(atualizado às 00h16)
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Os primeiros 90 minutos da decisão da Libertadores não foram da forma que a torcida atleticana esperava. Jogando no Defensores del Chaco, o Atlético-MG não resistiu a pressão do Olimpia e acabou derrotado por 2 a 0. O sofrimento parece que já virou rotina nas partidas decisivas do Galo, e deve ser assim novamente no jogo volta, dessa vez sem o Horto, mas com o Mineirão.

Aparentando nervosismo em alguns momentos do jogo, os atleticanos bobearam na marcação, o que custou o primeiro gol paraguaio. Alejandro Silva fez jogada individual pela esquerda, a zaga do Galo ficou assistindo até que o jogador resolveu finalizar sem ser incomodado, no canto esquerdo Victor. No último minuto, Pittoni cobrou falta e ampliou a vantagem.

O técnico Cuca ficou muito irritado no lance, porque sabe que agora o Atlético-MG vai precisar reverter a vantagem do Rei de Copas, vencendo por dois gols de diferença ou por um gol, para levar a decisão para os pênaltis. Os mineiros perseguem um título inédito, já os paraguaios querem a quarta taça e deixaram isso claro, com um belo mosaico antes do pontapé inicial.

O segundo é decisivo jogo da Libertadores entre Olimpia e Atlético-MG será realizado na próxima quarta-feira, no Mineirão. Para manter o foco total na partida contra os paraguaios, o Galo conseguiu o adiamento do compromisso do final de semana, ante a Ponte Preta, pelo Brasileiro.

O jogo - Sem se intimidar com a pressão paraguaia, o Atlético-MG iniciou a partida bem postado taticamente, marcando atrás da linha da bola e explorando a velocidade de Tardelli e Luan. Com o time compactado, o Galo dificultou as investidas ofensivas do Olimpia, e com a bola, os atleticanos mostraram força para agredir a equipe da casa.

Uma das estratégias usadas pelo técnico Cuca para vazar a defesa do Rei de Copas foi explorar os lados do campo, obrigando o time de Assunção a fazer várias faltas para parar os ataque do Galo. A primeira bobeada dos atleticanos surgiu com um erro de Ronaldinho, que perdeu a bola no meio-campo e possibilitou um contra-ataque perigoso dos paraguaios.

Referência no ataque do Olimpia, o avante Salgueiro mereceu atenção especial dos marcadores do Galo, por conta disso, o jogador apareceu pouco na partida. No duelo tático, Ever Hugo Almeida também procurou anular Ronaldinho. Dessa forma, outros protagonistas começaram a entrar em cena.

Aos 20, Marcos Rocha lançou Tardelli em velocidade, o atleta ganhou da zaga e bateu cruzado, mas a bola acertou a rede do lado de fora. A resposta não demorou e veio dois minutos depois, com Alejandro Silva, que fez jogada individual e da entrada da área mandou a bomba, no canto esquerdo de Victor, abrindo o placar no Defensores del Chaco.

Cuca não gostou do posicionamento da defesa atleticana no gol do Olimpia. O treinador reclamou muito a beira do gramado por conta do espaço dado para Alejandro Silva. Atrás no placar, o Galo adiantou as linhas de marcação e passou a ser mais agressivo na partida, perseguindo o empate, mas aparentando nervosismo.

Prova disso, foi o excesso de erros de passe da equipe mineira que quase custou o segundo o gol. O atacante Salgueiro limpou a marcação de Richarlyson e arriscou de longa distância, a bola desviou em Réver e passou muito perto da trave esquerda de Victor. Atuando de forma inteligente, o Olimpia foi melhor no primeiro tempo.

Na volta para a etapa complementar, os mineiros mostraram qualidade com uma ótima trama ofensiva, lembrando a primeira fase da Libertadores, mas Tardelli errou o alvo na conclusão. O lance deixou claro que a situação seria diferente no segundo tempo, com o Galo pressionando e Tardelli chamando a responsabilidade da partida.

Apagado em campo, Ronaldinho pouco produziu para o Atlético-MG, o que colaborou para que o Olimpia equilibrasse os 45 minutos finais, que começaram melhor para o Galo. Sem titubear, Cuca decidiu sacar o craque para a entrada de Guilherme. Luan não conseguiu substituir Bernard conforme o esperado e deu lugar para Rosinei.

Com as mudanças, o Atlético-MG deixou de ser ameaçado e passou a valorizar a posse de bola no meio-campo, procurando um espaço para encaixar uma jogada e chegar ao empate. Isso quase aconteceu aos 32, quando Jô apareceu na área do Olimpia e chutou forte para excelente defesa de Martín Silva.

O Olimpia respondeu com Bareiro, que perdeu gol incrível. No final, o Galo perdeu o lateral Richarlyson expulso e foi castigado com o segundo gol. Aos 48, Pittoni cobrou falta com perfeição e acertou o ângulo de Victor, levando o torcedor do Olimpia à loucura no Defensores del Chaco.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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