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Governo não vai permitir que protestos impeçam eventos, diz Aldo

17 jun 2013 - 14h04
(atualizado às 14h08)
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O governo não vai permitir que nenhum tipo de manifestação impeça ou atrapalhe a realização dos eventos esportivos internacionais no país, disse nesta segunda-feira o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, ao comentar os confrontos entre policiais e manifestantes antes de jogos da Copa das Confederações no fim de semana.

"Não vamos permitir que nenhum tipo de movimento impeça os eventos. Quem acha que pode impedir, enfrentará a determinação do governo", afirmou Aldo a repórteres após participar de seminário esportivo no Rio, com a presença do presidente da Fifa, Joseph Blatter.

No domingo, a polícia disparou balas de borracha e usou bombas de efeito moral para dispersar centenas de manifestantes que se aglomeraram em frente a uma barreira policial montada num dos acessos ao Maracanã, antes do jogo Itália x México. Imagens da Reuters TV mostraram pessoas feridas e manifestantes sendo detidos pela polícia.

Também houve protestos e confusão envolvendo a polícia em Brasília, no sábado, antes do jogo Brasil x Japão. Um grupo de centenas de pessoas bloqueou parte da entrada dos torcedores e a Polícia Militar usou bombas de efeito moral para dispersar a manifestação. Segundo a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, pelo menos sete pessoas foram detidas.

Os manifestantes contestam os gastos feitos com a construção dos estádios para a Copa do Mundo diante de problemas em serviços públicos, como saúde e transportes.

O ministro afirmou que a estratégia de segurança das forças policiais permanecerá a mesma. "Não haverá necessidade de mudanças".

Aldo disse que a repercussão dos acontecimentos pode vir a ter um viés positivo para o Brasil, por mostrar que o país é uma democracia consolidada, onde há liberdade de manifestação.

No mesmo evento, o presidente da Fifa foi diplomático ao comentar os acontecimentos. "Podem acontecer eventualidades aqui no Brasil, como as que ocorrem na Turquia", disse Blatter, em referência aos distúrbios na praça Taksim, em Istambul.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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