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Grêmio não resiste à pressão do Santa Fé e está fora da Libertadores

17 mai 2013 - 00h37
(atualizado às 00h50)
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No último confronto a ser decidido pelas oitavas de final, o Grêmio se tornou nesta quinta-feira o quarto brasileiro eliminado da Taça Libertadores ao perder por 1 a 0 para o Independiente Santa Fé no estádio El Campín, em Bogotá.

Vencedor no jogo de ida, por 2 a 1, em Porto Alegre, o Tricolor caiu por conta do critério de gols fora de casa e se juntou à lista que já tinha São Paulo, Palmeiras e Corinthians. Assim, apenas Fluminense e Atlético-MG, respectivamente campeão e vice no Brasileirão do ano passado, são os representantes do país nas quartas.

O gol da classificação do dono da segunda melhor campanha nesta Libertadores foi marcado por Medina, aos 34 minutos da etapa final. Antes disso, a equipe visitante havia se limitado a resistir às investidas do adversário e se lançar em poucos contra-ataques.

Na próxima fase, o Santa Fé reeditará um confronto da fase de grupos com o Real Garcilaso, que derrubou o Nacional-URU nos pênaltis. Nos duelos pelo grupo 6, o time de Bogotá empatou em 1 a 1 no Peru e venceu por 2 a 0 em El Campín.

Cumprindo suspensão, o técnico Vanderlei Luxemburgo assistiu à eliminação em um camarote. Substituto do treinador, o ex-lateral e agora auxiliar Roger Machado teve apenas o desfalque do zagueiro Cris, expulso no pênalti do qual nasceu o gol do Santa Fé na Arena do Grêmio. Werley se recuperou de lesão na coxa direita e voltou ao time, assim como o meia Zé Roberto, que cumpriu suspensão na ida.

Na equipe anfitriã, a grande novidade em relação ao duelo do último dia 1º foi a escalação como titular do atacante Cristian Borja. Velho conhecido dos gremistas, ele defendeu o Caxias e teve rápida passagem pelo Internacional e também pelo Flamengo.

O primeiro lance de perigo da partida foi do Grêmio, logo aos seis minutos. Elano dominou no meio e rolou para a direita aproveitando a chegada de Vargas, que encheu o pé para boa defesa de seu xará, goleiro do Santa Fé.

A finalização do atacante chileno foi apenas uma jogada isolada antes que os donos da casa tomassem o controle das ações. Aos 14 minutos, Pérez levantou da direita, Borja cabeceou e Dida segurou. Quatro minutos depois, o ex-atleta do Inter ganhou mais uma no alto e acertou a trave esquerda.

Com maior posse de bola, o time colombiano montava acampamento no campo de ataque, mas com investidas desorganizadas. Como o Grêmio não encaixava um contra-ataque, os goleiros pouco trabalhavam. Mal na criação, o Tricolor ainda errava nas poucas finalizações que conseguia, como aos 38 minutos, quando Vargas foi acionado na entrada da área com liberdade e bateu fraco.

Dida enfim trabalhou com mais afinco logo na sequência, aos 41. Borja adiantou na meia-lua até Cuero, que chutou com força no canto esquerdo. O veterano goleiro foi na bola e espalmou para o lado.

O segundo tempo começou com um susto na torcida gremista. Aos quatro minutos, Werley falhou na frente da área, Medina conseguiu fazer o giro e chutar rasteiro no canto esquerdo. Dida caiu e pegou mais uma.

Foi apenas o início de uma pressão ainda maior que a dos 45 minutos, e até certo ponto mais organizada, mas que ainda parava na boa marcação gremista.

O time gaúcho, por sua vez, incomodava em tentativas esporádicas, como uma falta de pouco ângulo cobrada por Zé Roberto, que encobriu o travessão, aos 13. Pérez respondeu na mesma moeda dois minutos depois, em uma batida frontal, que tirou tinta do travessão.

O tempo foi passando, e o Santa Fé ia se colocando ainda mais em cima. Aos 20, Dida operou um milagre. Barcos afastou mal no escanteio e, na bola rebatida, Valdés cabeceou para o chão. O camisa 1 se esticou todo e evitou que o placar fosse aberto.

Sufocado, o Grêmio sequer encaixava contra-ataques. A equipe visitante só avançava em raros erros do adversário, como aos 26, quando Vargas quase aproveitou um recuo errado, mas o goleiro colombiano conseguiu chegar primeiro e afastar já fora da área.

O gol que poderia dar tranquilidade para o Tricolor por pouco não aconteceu em seguida, aos 30. Na troca de passes, Barcos recebeu dentro da área, mas, acusando o desgaste de um pique anterior, demorou e foi travado antes de concluir.

Fazendo valer a máxima "quem não faz, leva", Medina fez 1 a 0 para o Santa Fé aos 34 minutos. Em uma tabela entre os dois melhores jogadores dos donos da casa, Pérez serviu Medina, que com muita habilidade e alguma sorte saiu na cara de Dida e, com um leve toque, colocou no cantinho direito.

Agora quem tinha que partir para cima era o Grêmio. Contudo, defendendo-se bem e ainda contando com a ajuda dos gandulas, que sumiam e não devolviam a bola, o Santa Fé se segurou. A torcida em El Campín levou apenas um susto. E que susto. Aos 48, Pará cruzou da direita, Camilo Vargas cortou de soco e Eduardo Vargas, com gol aberto, chutou por cima do travessão.

Ficha técnica:.

Independiente Santa Fé: Camilo Vargas; Anchico, Valdés, Meza e García; Torres (Valencia), Bedoya, Pérez e Cuero (Molina); Medina e Borja (Quiñónez). Técnico: Wilson Gutiérrez.

Grêmio: Dida; Pará, Werley, Bressan e André Santos; Fernando (Marco Antônio), Souza, Elano (Kleber) e Zé Roberto; Eduardo Vargas e Barcos (Welliton). Técnico: Roger Machado (interino).

Árbitro: Roberto Silvera (Uruguai), auxiliado por seus compatriotas Mauricio Espinosa e Marcelo Costa.

Cartões amarelos: Valdés, Anchico e Medina (Santa Fé); Zé Roberto, Bressan, Elano, André Santos e Souza (Grêmio).

Gol: Medina (Santa Fé).

Estádio: El Campín, em Bogotá.

EFE   
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