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Hélder almeja ser titular e vê grupo do Inter ambicioso

29 jan 2013 - 20h37
(atualizado às 21h21)
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O começo se deu no banco de reservas. Mas pelo discurso, Hélder não vai se contentar em jogar apenas quando Gabriel estiver impossibilitado. Fã do camisa 2, o novo lateral-direito do Internacional busca espaço no clube gaúcho para realizar a ambição pessoal de ser titular com o manto vermelho. O jogador diz que tem a velocidade como principal arma, mas que com sua passagem na França – jogou no Nancy -, aprendeu o momento certo de utilizá-la. Além disso, diz que pode fazer as funções de lateral-esquerdo e meia se for a necessidade de Dunga.

Se Helder chegou na França para assinar com o Nancy esfomeado – não havia comido no avião, e acabou recebendo uma refeição aquém do que seu estômago pedia antes de ser apresentado -, o lateral chega com fome de bola no Inter. Já marcou gols em treinamento em Bento Gonçalves. Quer dar seu cartão de visitas para o torcedor que não lembra de sua passagem pelo Juventude.

A projeção para a temporada é simples: ser campeão. O lateral acredita que o Colorado está entre os times que podem ganhar, por exemplo, o Brasileirão em 2013. Além disso, fala em “honra” de jogar ao lado de D’Alessandro e Forlán, e prometeu: “Responsabilidade é de ajudá-los”.

Como está sendo esse primeiro período de novo no Rio Grande do Sul?

Não tem problema de adaptação na cidade, fiquei em Caxias do Sul nas férias e em Porto Alegre. A adaptação que preciso ter rápido é a do grupo, às vezes é diferente, você não conhece. Mas todo mundo me acolheu superbem.

Como está sendo o trabalho com o Dunga?

O Dunga é um treinador que conversa com todo mundo. Se tem a jogada no treinamento, ele para e fala para o jogador. Vem e fala, corrige. É um cara que passa confiança ao jogador, que é o mais importante.

Que você acha que aprendeu neste tempo de França?

Até lembro o primeiro jogo, subia toda hora, para mim era normal. Mas fui começando a aprender que a primeira coisa é a marcação para um lateral, e depois você vai para o ataque. Foi difícil, minha característica principal era a velocidade. Gostava de ir à frente. Consegui evoluir para uma 'nova posição', jogava de lateral dos dois lados e também de meia direita e esquerda. Mas como falava, eu era lateral-direito, então ficava e usava um pouco a velocidade.

Hélder diz que aprendeu a segurar ímpeto ofensivo em passagem pela França (Foto: Divulgação/ASNL)

Como vai ser essa briga com o Gabriel?

Vai ser sadia. Não pessoal, como eu já falei sempre fui fã do Gabriel, olhava ele jogar. E agora estou aqui com ele. Vai ser legal. Vai ser tranquilo, vou mostrar as minhas características, ele é conhecido. Eu passei quase seis anos fora, tenho que voltar e fazer as pessoas me reconhecerem. Tenho que apresentar o que tenho de melhor. Não é só força e velocidade, tem a questão técnica. Mas temos que soltar o que temos de melhor, é a velocidade. Foi um pequeno começo, mais preso no treinamento, mas gosto muito de atacar, com responsabilidade.

O Inter tem jogadores como Forlán e D’Alessandro. Como é estar ao lado deles?

Responsabilidade a mais. Você olha o tanto de jogadores, conhecidos mundialmente, sente uma responsabilidade de ajudá-los. Quando tive a proposta, não pensei duas vezes pelos jogadores que estavam aqui: Forlán, D’Alessandro, Leandro Damião. Para mim está sendo uma honra conviver e treinar com eles. Está sendo um aprendizado para mim.

Passou alguma dificuldade na França?

França é um ótimo país, aprendi muito com a cultura e as pessoas. Mas nada é melhor do que seu país. A única dificuldade que eu tive, tirando a língua, foi a culinária. Eu que era um cara ativo. Não que eu saia para a balada, mas gostava de ir para restaurantes com a minha mulher, e lá é uma cidade parada. Nancy para conseguir alguma coisa tem que procurar muito. Saía uma vez por semana, e ficava em casa o resto. Ficava louco. Foi um dos motivos para voltar. Nos últimos tempos não estava jogando também, foi mais um motivo. Como tenho 24 anos, tenho chance de mostrar o futebol e não ficar só no Nancy. Conversamos e acertamos a rescisão.

Não passou nenhum problema então, no estilo daqueles de empresário te largar sozinho lá?

Meu principal problema, digamos assim, foi quando eu cheguei. Estava tão nervoso que acabei não comendo no avião. Cheguei lá morrendo de fome. Aí, no hotel do clube, fui comer e me deram um prato com abacate, queijo e três camarões. E eu morrendo de fome. (risos) Mas essa foi a principal dificuldade lá, não tive problemas não.

O vestiário passou por uma mudança profunda. Como está o clima entre os jogadores?

Se tratando do nome Internacional, não temos que ter muitas dúvidas. Saíram importantes, vieram jogadores importantes que vão suprir a ausência. Não pode ter dúvida. Temos que dar o prazer ao torcedor, quem gosta de ganhar não pode entrar para ver o que vai acontecer. Tem que ganhar. Vamos lutar, com sacrifício vem a recompensa. Pelos jogadores que aqui estão, nós (Inter) estamos entre os times que estão no topo para ganhar alguma coisa no ano.

O Brasileirão, pelo tempo que o clube não vence, é mais comentado no vestiário e é o maior objetivo do ano?

Não tem como deixar uma competição de lado para tentar outra. Se você ganhar o Gauchão, vai pegando confiança para o próximo campeonato. Sempre é assim. No Brasileirão, se faz o Estadual bem, começa a subir. Temos tudo para sermos campeões. Se tem essa ausência, são detalhes. Não vou ser hipócrita de dizer que vamos ser campeões, porque depois acontece alguma coisa e sou cobrado, mas pelo elenco que temos, temos chances de ser campeões.

Você e outros jogadores jovens chegam em busca de um título grande. Essa oxigenação é importante para o grupo?

Tem o Caio, Vitor Júnior, o Willians, que já foi campeão no Flamengo, mas enfim. Todo mundo tem uma ambição de chegar em um grande clube, e quando você chega o máximo possível é ser campeão. Ganhar todas as competições. Eu tenho a minha ambição. Nunca fui campeão gaúcho, brasileiro. Isso renova um pouco, o Gabriel também, que chegou do Grêmio, vai querer mostrar. O espírito dos novos está renovado. Estamos querendo mostrar. Ambição não vai faltar para a gente ser campeão.

E a sua ambição pessoal para a temporada, qual é?

Minha ambição pessoal, depois de tanto tempo fora do Brasil, é mostrar e fazer as pessoas se lembrar de mim. É ser titular do Internacional. Respeito todo mundo, mas quero ganhar meu espaço. Títulos não preciso nem falar. Mas é permanecer um bom tempo do Inter, já joguei aqui no Rio Grande do Sul, sei o peso dessa camisa. Quero mostrar meu futebol para as pessoas que confiaram em mim e me deram a chance e permanecer um tempo neste clube.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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