Imprensa espanhola demonstra euforia e 'quase desprezo' à goleada
As capas dos jornais da Espanha exaltaram a goleada da seleção contra o Taiti nesta quinta-feira, pelo Grupo B da Copa das Confederações. Porém, a euforia ficou mais por ali, e os analistas não se empolgaram tanto assim com a vitória por 10 a 0 no Maracanã. Depois de tamanha superioridade, a própria presença da equipe derrotada no torneio foi questionada.
- O Taiti representa a confederação mais débil futebolísticamente, a Oceania, e ainda assim, é a mais potente que aquela parte do mundo pode produzir. Acaba sendo uma partida desagradável. Se ganha de 20, pega mal, se ganha de três, pega mal também - disse Alfredo Relaño, colunista do "As", de Madri:
- Acabou que vieram 10 gols, ficou razoável. Estabeleceu um recorde no Maracanã, um cenário eterno.
Torres fez quatro gols em cima do Taiti (Foto: Cleber Mendes/ LANCE!Press)
De certa forma, a vitória pode ser considerada a maior de todos os tempos do estádio. A Espanha igualou a diferença de gols que o Flamengo fez sobre o São Cristóvão no Estadual de 1956, quando venceu por 12 a 2. Já da Copa das Confederações, foi a maior de fato. Ultrapassou uma vitória do Brasil por 8 a 2 em cima da Arábia Saudita.
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Na Catalunha, o sentimento é o mesmo. Para Lobo Carrasco, colunista do "Mundo Deportivo", se a Espanha quisesse, faria quantos gols quisesse. E até já pede que Vicente del Bosque volte com o time que jogou contra o Uruguai.
- Não tenha dúvidas de que se eles precisassem fazer 15 gols, teriam feito. No próximo domingo, contra a Nigéria, a seleção precisa voltar com os jogadores da estreia, para que retornem ao estilo de jogo da Roja.