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Inter se segura até os acréscimos do 2º tempo, mas é derrotado em Bogotá

21 mai 2015 - 00h11
(atualizado às 00h13)
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Pressionado durante boa parte do tempo na partida disputada nesta quarta-feira no estádio El Campín, em Bogotá, o Internacional segurou o empate em 0 a 0 até os instantes finais, mas sofreu um gol aos 46 minutos do segundo tempo e foi derrotado pelo Independiente Santa Fé por 1 a 0, em jogo de ida das quartas de final da Taça Libertadores.

Exceção feita a momentos isolados da partida, como o começo da segunda etapa, o Inter esteve quase sempre sob sufoco e resistiu o quanto pôde. Foram 12 finalizações donos da casa, contra apenas quatro do time visitante, com apenas uma defesa do goleiro Castellanos.

Quando tudo indicava que o placar permaneceria em branco e, mesmo cansado devido à altitude de 2,65 mil metros de Bogotá, o bicampeão continental comemoraria a igualdade, Mosquera aproveitou cobrança de escanteio e estufou a rede, colocando o atual campeão colombiano em vantagem na luta para ir às semifinais.

Com a derrota, o Colorado precisará vencer por pelo menos dois gols de diferença na partida de volta, marcada para a próxima quarta-feira, no Beira-Rio. Se devolver o placar de 1 a 0, a equipe de Porto Alegre decidirá seu futuro na competição nos pênaltis. Qualquer outro resultado classifica o Santa Fé.

Antes da partida, havia apenas uma dúvida quanto a escalação do Inter. Apesar de estar recuperado de uma lesão na coxa direita, Nilmar ficou no banco, e Lisandro López foi titular. Atualmente com status de reserva, o zagueiro Paulão e os meias Anderson e Vitinho ficaram em Porto Alegre.

No time da casa, o técnico Gustavo Costas contou com a volta do lateral-direito Anchico, que cumpriu suspensão no último domingo e foi desfalque na derrota para o Millonarios por 3 a 1, que marcou a eliminação do Santa Fé do Apertura colombiano. Por outro lado, o meio-campista Arias ainda não se recuperou de uma distensão na perna esquerda e ficou fora.

As duas equipes começaram o jogo buscando o ataque, mas os anfitriões eram mais eficientes e passavam mais tempo no campo do adversário. Aos 11 minutos do primeiro tempo, Pérez cobrou falta pela direita e Anchico teve tudo para abrir o placar, mas furou.

O Colorado respondeu dois minutos depois, em um lance que teve um toque de sorte. D'Alessandro cruzou fechado, a bola tomou o caminho do gol e quase entrou, mas morreu na parte de cima da rede.

Aos poucos, o Santa Fé foi tendo o controle das ações, mas esbarrava em uma defesa bem armada por Diego Aguirre. Se pelo meio era difícil penetrar, o campeão colombiano apostou na jogada área. Anchico fez dois levantamentos em menos de um minuto, aos 23 e aos 24, mas ambos foram interceptados por Juan, que estava bem posicionado.

A pressão ia aumentando, mas o time visitante se mostrou vivo na partida aos 36, em bela jogada de Valdívia. O jovem meia disparou pelo meio e encobriu o goleiro Castellanos com um toque de imensa categoria, mas a bola caprichosamente saiu à esquerda do alvo. O camisa 29 ainda tinha a opção de acionar Eduardo Sasha, mas arriscou e esteve perto de ser bem sucedido.

Se para alguns "a melhor defesa é o ataque", o Inter saiu do sufoco incomodando Castellanos mais uma vez. Valdívia desta vez preferiu o passe e deixou com Ernando, que bateu de fora da área e tirou tinta da trave, aos 38.

Ligada e bem postada, a defesa colorada dava poucas oportunidades para o adversário agredir e principalmente contra-atacar, mas vacilou aos 45 minutos. Mosquera ligou o turbo, deixou Alan Costa na saudade e chutou de fora. Para sorte do bicampeão da América, ele pegou mal e isolou.

Na volta do vestiário, o Inter se mostrou mais agressivo e logo aos três minutos levou perigo. William, que atacou pouco na primeira etapa, desceu pela direita aos três minutos e cruzou fechado. Mosquera interceptou. Roa respondeu finalizando da intermediária, aos cinco, mas Alisson segurou firme.

Uma das principais armas do Santa Fé há alguns anos - talvez a principal - é a bola parada com Pérez, que voltou a dar o ar da graça aos nove. O experiente argentino, companheiro de D'Alessandro nas categorias de base da 'Albicelete' no fim dos anos 90, cobrou falta na segunda trave e Mosquera estava pronto para cabecear para o gol, mas foi apertado por Sasha e mandou para fora.

O tempo passou, o ímpeto ofensivo do Colorado diminuiu, e o time da casa voltou a sufocar. Aos 20, Pérez levantou mais uma, Meza cabeceou e Alisson salvou. No rebote, Mosquera carimbou o travessão.

Com mais sorte que juízo, o tetracampeão gaúcho escapou de ficar em desvantagem aos 26 minutos por centímetros. Pérez ganhou de Aránguiz no meio e tocou para Seijas, que soltou a bomba de longe, raspando o poste.

A essa altura, os jogadores dirigidos por Aguirre já claramente haviam sucumbido à altitude de Bogotá e não tinha o mesmo fôlego do adversário. Aos 28, Borja, ex-jogador de Caxias-RS e Flamengo e que entrara instantes antes, tabelou com Pérez e saiu na cara do goleiro, mas concluiu por cima.

Tudo que o Inter queria era um contragolpe para sair das cordas, e a chance apareceu aos 33. Rodrigo Dourado bloqueou um chute de Roa, Nilmar aproveitou a sobra e disparou até entrar na área. Na hora da nota 10, o camisa 7 deu um toquinho para encobrir Castellanos, que desviou, e Mina tirou em cima da linha.

Nos instantes finais, se Aguirre pudesse, colocaria todos os zagueiros do elenco em campo. Como tinha apenas uma substituição, trocou Lisandro López por Réver para segurar o 0 a 0. A medida ia dando certo, mas também por mérito de Alisson, que espalmou para escanteio um tiro a queima roupa de Anchico, aos 42.

Porém, já nos acréscimos, aos 46 minutos, o Santa Fé foi premiado por sua insistência - e em sua jogada preferida. Pérez cobrou escanteio, Mosquera surgiu livre e cabeceou firme para superar Alisson e fazer o único gol do jogo.

Ficha técnica:.

Independiente Santa Fé: Castellanos; Anchico, Mina, Meza e Mosquera; Torres, Roa, Seijas e Pérez; Morelo (Borja) e Páez (Rivera). Técnico: Gustavo Costas.

Internacional: Alisson; William, Juan, Alan Costa e Ernando; Rodrigo Dourado e Aránguiz; D'Alessandro (Nico Freitas), Eduardo Sasha (Nilmar) e Valdívia; Lisandro López (Réver). Técnico: Diego Aguirre.

Árbitro: Néstor Pitana (Argentina), auxiliado pelos compatriotas Hernán Maidana e Juan Belatti.

Cartões amarelos: Roa (Santa Fé); D'Alessandro (Internacional).

Gol: Mosquera (Santa Fé).

Estádio: El Campín, em Bogotá.

EFE   
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