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Campeonato Alemão

Presidente do Bayern admite fraude fiscal de R$ 60 milhões

10 mar 2014 - 09h35
(atualizado às 12h01)
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Presidente do Bayern de Munique, Uli Hoeness, chega a julgamento na corte de Munique
Presidente do Bayern de Munique, Uli Hoeness, chega a julgamento na corte de Munique
Foto: AP

Uli Hoeness, presidente do Bayern de Munique, reconheceu nesta segunda-feira que fraudou o fisco alemão durante anos, no início de um julgamento no qual pode ser condenado a uma pena de até dez anos de prisão.

"Não paguei impostos", admitiu o presidente do clube de futebol mais vitorioso da Alemanha, 62 anos, pouco depois do início do julgamento, que deve durar quatro dias.

O dirigente reconheceu ter fraudado o fisco alemão em pelo menos 18,5 milhões de euros (cerca de R$ 60 milhões), segundo documentos da defesa. O valor é observado nos documentos bancários que o advogado de Hoeness entregou ao tribunal há alguns dias.

Em um primeiro momento, a procuradoria de Munique acusou Hoeness de não ter pago 3,5 milhões (R$ 11,3 milhões) de euros de impostos. O presidente do clube alemão havia omitido o valor em sua declaração à administração fiscal graças a uma conta secreta na Suíça.

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"Lamento profundamente meu comportamento delitivo", afirmou Hoeness, antes de completar que deseja esclarecer "este triste capítulo da vida". Ele recordou que destinou 5 milhões de euros (R$ 16,2 milhões) a obras sociais.

O presidente do Bayern optou em janeiro de 2013 por denunciar a si mesmo ao fisco, para regularizar sua situação. O procedimento permite solucionar o caso com o pagamento de uma grande multa e evita que o autor da fraude seja condenado à prisão. Mas a promotoria de Munique considera o procedimento inválido, pois está convencida de que Hoeness temia ser denunciado em breve pela imprensa.

De fato, na época os jornais da Alemanha estavam seguindo a pista de uma conta na Suíça de um importante dirigente do mundo do futebol, mas não revelaram o nome do investigado. Hoeness foi detido em 20 de março de 2013 e liberado após o pagamento de uma fiança de 5 milhões de euros (R$ 16,2 milhões). Na ocasião, sua mansão na Baviera foi alvo de uma operação de busca.

Se o tribunal aceitar a autodenúncia como válida, o acusado poderá solucionar o caso com uma multa. Mas se considerar que optou muito tarde pela estratégia, Hoeness pode ser condenado a até dez anos de prisão.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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