Passarella tem prisão pedida por tráfico de ingressos no River Plate
O promotor José María Campagnoli soliticou a prisão de Daniel Passarella, ex-presidente do River Plate, por suposto envolvimento em um esquema de tráfico de ingressos destinados a sócios do clube. O ex-zagueiro, bicampeão do mundo pela Argentina e ex-treinador do Corinthians, foi acusado junto a outros dirigentes, torcedores organizados e policiais. As informações são do Diario Uno.
A investigação começou quando um torcedor do River denunciou que seu assento estava ocupado na última partida do time na segunda divisão argentina, contra o Almirante Brown. De acordo com o que foi apurado pelas autoridades, dirigentes revendiam ingressos que deveriam ser destinados aos sócios, em um esquema que envolvia várias pessoas de dentro do clube e girava em torno de de US$ 500 mil (R$ 1,19 milhão).
Campagnoli pediu buscas na sede do clube e nos domicílios particulares dos dirigentes acusados, além de solicitar as prisões de Passarella, Diego Turnes (ex-vice-presidente), Gustavo Poggi (ex-responsável pela área de sócios), Eduardo Rabufetti (ex-porta-voz) e Andrés Monteiro (gerente da Top Show, empresa que intermediava a venda de bilhetes a sócios).
Segundo a investigação da Polícia Metropolitana, Poggi era o responsável por entregar aos organizados um pendrive com dados de mais de 10 mil sócios que não costumam comparecer aos estádios. Os bilhetes destinados a eles iam parar nas mãos de revendedores, enquanto um empregado da Top Show fazia um registro fictício, como se a venda tivesse sido feita corretamente. As entradas eram revendidas na internet e nos arredores do Monumental de Núñez.
Os policiais Alejandro Rivaud e Alejandro Hayet também tiveram suas prisões pedidas, assim como quatro líderes de torcidas organizadas: Martín Araujo, Guillermo Godoy, Matías Goñi e José Uequín.