PUBLICIDADE

Futebol Internacional

Blatter sobre Comitê de Ética após suspensão: "decepcionado"

8 out 2015 - 10h11
(atualizado às 14h17)
Compartilhar
Exibir comentários

O suíço Joseph Blatter mostrou nesta quinta-feira sua "decepção e inconformidade" com o Comitê de Ética da Fifa, que decidiu suspendê-lo provisoriamente por 90 dias do cargo de presidente da entidade sem consultá-lo, e afirmou que espera uma oportunidade de mostrar que não cometeu irregularidades.

Em comunicado divulgado por seus advogados, Blatter diz que o Comitê de Ética não seguiu os estatutos da Fifa, que preveem a oportunidade dos acusados serem ouvidos. Além disso, disse que a decisão foi baseada em "um mal entendido" sobre as ações do Procurador-Geral da Suíça, que abriu uma investigação, "mas não fez denúncias" contra o presidente suspenso da entidade.

"Os promotores são obrigados por lei a descartar o caso se as investigações, de apenas duas semanas, não conseguirem suficientes evidências. O presidente Blatter confia em ter a oportunidade de apresentar provas para mostrar que não incorreu em nenhum mau comportamento, seja criminal ou de outro tipo", conclui o comunicado divulgado pelos advogados do dirigente suíço.

Presidente está suspenso de suas atividades no comando da Fifa
Presidente está suspenso de suas atividades no comando da Fifa
Foto: Philipp Schmidli / Getty Images

A reação de Blatter ocorre pouco depois de a Fifa confirmar sua suspensão por 90 dias. Também receberam a mesma punição o presidente da Uefa, Michel Platini, e o secretário-geral Jérôme Valcke, que já tinha sido demitido da entidade no dia 17 de setembro.

A duração das sanções, impostas dentro da investigação realizada pela Fifa por causa do escândalo de corrupção, pode ser ampliada por um período de no máximo 45 dias.

O sul-coreano Chung Mong-joon, ex-vice-presidente da Fifa e aspirante a substituir Blatter na presidência, assim como Platini, foi suspenso por seis anos e multado em 100 mil francos suíços.

Entre as acusações contra Blatter, está "gestão desleal" pelo pagamento irregular de 2 milhões de francos (cerca de 2 milhões de euros no câmbio de hoje) a Platini "em prejuízo da Fifa".

O dinheiro foi destinado "supostamente" a obras realizadas entre 1999 e 2002, embora o pagamento tenha sido realizado em 2011, especificou a Procuradoria-Geral da Suíça.

O processo contra Chung foi aberto em janeiro deste ano segundo o relatório que averiguou o processo de candidaturas para as Copas do Mundo 2018, na Rússia, e de 2022, no Catar.

A Fifa confirmou que Chung é culpado de infringir os artigos do Código de Ética sobre normas gerais de conduta (artigo 13), confidencialidade (16), dever de cooperação e informação (18) e obrigação a colaborar (41 e 42).

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade