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Futebol Internacional

Comitê de Ética da Fifa tenta banir Platini do futebol

24 nov 2015 - 10h26
(atualizado às 12h12)
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A câmara de investigação do Comitê de Ética da Fifa pedirá a expulsão vitalícia do presidente da Uefa, Michel Platini, por corrupção, informaram à Agência Efe os advogados do ex-jogador francês.

A decisão do Comitê de Ética da entidade, presidido pelo alemão Hans-Joachim Eckert, será oficialmente anunciada em dezembro.

Caso o Comitê siga a recomendação dos investigadores, será o fim da trajetória de Platini no futebol, em um momento em que o atual presidente da Uefa, suspenso provisoriamente, almeja a candidatura à presidência da Fifa nas eleições de 26 de fevereiro.

A sentença da câmara de investigação, presidida por Vanessa Allard, de Trinidad e Tobago, é "absurda e delirante" e "descredita definitivamente a Fifa", disse o advogado de Platini, Thomas Clay.

Defesa de Platini diz que banimento seria "absurdo e delirante"
Defesa de Platini diz que banimento seria "absurdo e delirante"
Foto: Stuart Franklin / Getty Images

De acordo com a defesa, a câmara de investigação do Comitê de Ética, que apura o pagamento de 1,8 milhão de euros da Fifa a Platini em 2011, pediu na semana passada a maior pena possível.

Veículos da imprensa especulavam sanções de até seis anos, o que também impediria a candidatura de Platini para a Fifa, mas, segundo os advogados do francês, a punição pedida vai muito mais longe.

A expulsão vitalícia só foi ditada duas vezes pelas instâncias da Fifa: contra o americano Chuck Blazer, ex-membro do Comitê Executivo e ex-secretário-geral da Concacaf, e contra o ex-presidente da Concacaf Jack Warner, de Trinidad e Tobago.

Ambos estão envolvidos em um caso de cobrança de propina e lavagem de dinheiro avaliado em aproximadamente 150 milhões de euros.

Os advogados de Platini esperam que seu cliente seja escutado pelo Comitê de Ética antes de receber o veredito para que possa se defender.

A defesa também deseja que a suspensão provisória de 90 dias imposta ao francês seja revogada pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), à que apelaram na sexta-feira passada.

A CAS é vista pelos advogados como uma instância mais "independente e imparcial", à qual também apelarão se o Comitê de Ética punir Platini como solicitaram o investigadores.

EFE   
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