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Campeonato Russo

Grandes competições estão imunes a manipulação, diz Fifa

17 jan 2013 - 19h46
(atualizado às 23h39)
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O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, está confiante de que a Liga dos Campeões da Europa e a Copa do Mundo estão imunes à manipulação de resultados, mas considera que as autoridades precisam melhorar sua cooperação para combater essa praga em outras competições.

Valcke e os secretários-gerais da Uefa, Gianni Infantino, e da Interpol, Ronald Noble, discursaram em uma conferência realizada em Roma para discutir a manipulação de resultados no futebol, com a presença de outros representantes do futebol e da polícia, e também de especialistas em jogos com apostas.

"Tenho certeza de que, no nível da Liga dos Campeões e da Copa do Mundo, não há manipulação de resultados", disse Valcke, acrescentando que há tantos sistemas de fiscalização em vigor que fica impossível não perceber problemas. "O que temos de observar são as ligas inferiores, e onde estão apenas começando a jogar futebol", acrescentou.

Contrariando o que diz Valcke, muitas reportagens e livros já questionaram os resultados de certas partidas em torneios importantes, mas os problemas certamente residem nas eliminatórias para as grandes competições internacionais.

Em agosto, o meio-campista Kevin Sammut, da seleção de Malta, recebeu uma suspensão de dez anos da Uefa por ser apontado como responsável por uma armação no jogo Malta x Noruega, pelas eliminatórias para a Eurocopa de 2008. No mesmo mês, a entidade que dirige o futebol europeu iniciou uma investigação sobre um jogo das eliminatórias da Liga Europa.

"Precisamos que a Europa entenda que precisamos ter uma legislação comum sobre a manipulação de resultados", disse o francês Valcke. "Enquanto não houver uma legislação comum na Europa, e junto com isso você não tiver as mesmas sanções em cada país europeu, será fácil (manipular)."

Infantino admitiu que a Uefa "não está preparada para combater a criminalidade". "Estamos preparados para lidar com faltas por trás e talvez com alguma violência nos estádios. (A manipulação de partidas) não é como o doping, que podemos fazer exames e saber se algo é doping ou não."

A Itália, onde a conferência acontece, há anos enfrenta um problema com manipulação de resultados na primeira divisão do seu futebol, mas o país tem feito progressos no combate ao problema.

A Interpol criou em 2011 uma força-tarefa com especialistas que ajudou as autoridades italianas em investigações que levaram a prisões e suspensões num caso em que quadrilhas da Ásia manipulavam resultados para lucrar com apostas.

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