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Terra na Copa

Coutinho e Miranda viram favoritos a surpresas de Felipão

14 abr 2014 - 15h52
(atualizado às 16h42)
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Se Luiz Felipe Scolari tem "90% ou 95%" do grupo que disputará a Copa do Mundo definido, como ele mesmo afirma, ainda resta esperança para um ou outro jogador em grande fase receber uma convocação inesperada para a principal competição do futebol mundial. E no momento, são dois os atletas que mais se credenciam a uma "aparição surpresa" na lista final de 23 nomes da Seleção, tanto pela fase individual quanto pelo momento de seus clubes: Philippe Coutinho e Miranda.

Tanto o meio-campista do Liverpool quanto o zagueiro do Atlético de Madrid fazem temporadas excelentes, recebem elogios constantes na imprensa europeia e veem suas equipes na briga por títulos importantes. Felipão não tem dado chances a nenhum dos dois, mas esteve recentemente no jogo de ida entre Atlético e Barcelona, enquanto Parreira acompanhou o triunfo do Liverpool sobre o West Ham no domingo passado. Haverá oportunidades de última hora para a dupla?

Philippe Coutinho: posição nova e concorrência mais pesada

<p>Coutinho fez o gol da vitória do Liverpool sobre o Manchester City</p>
Coutinho fez o gol da vitória do Liverpool sobre o Manchester City
Foto: AP

Titular e camisa 10 de um Liverpool que tem grandes chances de ser campeão inglês pela primeira vez desde 1990, Coutinho mudou sua maneira de jogar na Inglaterra. Depois de um início de 2013 promissor, mas irregular, foi só na temporada 2013/14 que o jovem de 21 anos se tornou peça fundamental do time vermelho: teve sua posição modificada pelo técnico Brendan Rodgers e amadureceu seu jogo para contribuir mais com a equipe.

Armador por natureza, capaz de passes precisos e enfiadas de bola, Coutinho raramente é escalado como meia ofensivo no Liverpool: seu posicionamento atual é mais recuado, pouco à frente do volante e capitão Gerrard. Nesta função, Coutinho ajuda na marcação e na pressão característica do time inglês – mais importante, porém, é que ele vê o jogo mais de trás, com menos contato físico com os volantes adversários e mais tempo para distribuir passes.

Na Seleção, porém, Coutinho enfrenta concorrência pesada, seja qual for a posição. No sistema com dois volantes de Felipão, o camisa 10 do Liverpool não deverá encontrar espaço em uma função mais recuada. E como um dos meias-atacantes da Seleção, ele compete com nomes que parecem certos na Copa, como Oscar, Bernard, Hulk, Willian e Neymar. Uma lesão de um destes atletas parece o meio mais provável para abrir espaço a Coutinho. Porém, em teoria existe uma última vaga em aberto no meio-de-campo, na qual Hernanes é favorito e Robinho e Lucas seriam opções. Ele tem até o dia 7 de maio, data em que Felipão anunciará os convocados para o Mundial, para manter o nível de atuações como a da vitória contra o Manchester City, no último domingo, e ser a surpresa de última hora.  

Miranda: regularidade na melhor defesa da Europa

<p>Miranda é titular absoluto da eficiente defesa do Atlético de Madrid</p>
Miranda é titular absoluto da eficiente defesa do Atlético de Madrid
Foto: Reuters

O Atlético de Madrid está nas semifinais da Europa e briga por um heroico título espanhol contra os gigantes Real Madrid e Barcelona. E muito disso se deve ao eficientíssimo sistema defensivo da equipe, que sofreu apenas 22 gols em 33 jogos no Campeonato Espanhol e cinco em dez partidas na Liga dos Campeões – a melhor retaguarda de ambas as competições. No centro da defesa alvirrubra, um brasileiro: Miranda.

Aos 29 anos, o ex-são-paulino vive a melhor fase da carreira e se consolidou como um nome de respeito no futebol europeu. Sua parceria com o uruguaio Diego Godín está entre as melhores do mundo, e sua qualidade para sair jogando é importante para iniciar os contra-ataques mortais de que o Atlético depende para marcar seus gols. Com Felipão, porém, o defensor foi convocado apenas em fevereiro de 2013, na derrota por 2 a 1 para a Inglaterra, na reestreia do treinador, entrando no segundo tempo.

É verdade que o empenho coletivo do Atlético na marcação, com meio-campistas e atacantes pressionando ferozmente o adversário ou recuando para formar um bloco compacto à frente da área, é essencial para o ótimo desempenho defensivo da equipe treinada por Simeone. Mas quando a bola chega à área, Miranda tem dado conta do recado ao lado de Godín e do goleiro belga Courtois. Com Thiago Silva, David Luiz e Dante garantidos na Copa, a quarta vaga na zaga da Seleção ainda está indefinida – e se depender da fase atual, Miranda tem tudo para acreditar que está na frente de nomes como Dedé, Marquinhos, Henrique e Réver. Dos quatro, apenas o cruzeirense tem jogado com frequência. Réver está contundido, Henrique virou lateral direito do Napoli e Marquinhos é reserva do PSG.

Fonte: Terra
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