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Espanha

Mourinho crê que Barça teve sorte e prefere vencer rival em finais

11 dez 2011 - 00h56
(atualizado às 01h18)
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Até mesmo o sempre modesto Pep Guardiola viu grande superioridade do Barcelona na vitória por 3 a 1 sobre o Real Madrid, neste sábado, no Santiago Bernabéu. Mas José Mourinho não consegue aceitar a derrota como uma demonstração de que sua equipe teve desempenho inferior. Para ele, o segredo da vitória foi sorte.

Xavi fez um dos gols da vitória do Barcelona sobre o Real Madrid
Xavi fez um dos gols da vitória do Barcelona sobre o Real Madrid
Foto: Reuters

"Sem querer tirar o mérito, mas a sorte fez a diferença", apontou o treinador do clube merengue. O português entende que foi fundamental para a virada a favor dos catalães, na capital espanhola, o lance do segundo gol dos visitantes, quando Xavi não chutou a bola com força, mas um desvio em Marcelo impediu que Casillas fizesse a defesa.

"A derrota é consequência do que é o futebol, um jogo de detalhes que fazem diferença. E a sorte é uma parte importante deste esporte. O segundo gol deles não foi por talento nem falha. Foi pura sorte, e nada mais", definiu, usando o mesmo argumento para falar da intervenção de Valdés em chute à queima-roupa de Kaká no fim do jogo. "Tivemos o 2 a 3 e não fizemos em uma ação que não foi mérito do goleiro, mas pura sorte."

Mourinho acredita também que o acaso ajudou o rival quando Cristiano Ronaldo, sem marcação, chutou para fora em jogada que faria os anfitriões abrirem 2 a 0 no placar. "E ainda tivemos bolas para fazer 2 a 2, mas eles tiveram uma supremacia psicológica por estarem ganhando e tocaram a bola como tanto gostam. O 1 a 3 foi uma consequência por estarem tranquilos."

A única falha que José Mourinho não credita à sorte foi na dividida que gerou o empate ainda no primeiro tempo. Messi driblou três antes de deixar Alexis Sanchéz livre para entrar na área em velocidade e bater na saída de Casillas. "Não gostei do primeiro gol porque foi igual aos outros que sofremos contra o Barcelona. Não gosto quando um jogador meu, no centro do campo, em uma bola dividida, dá mostras de que vai meter o pé, mas o tira e ocorre uma jogada típica deles. A bola tem que parar ali."

O técnico, porém, avisou que seus atletas ainda estão traumatizados por conta do que ele considerou erros de arbitragem em outros encontros com os tricampeões espanhois neste ano. Neste sábado, contudo, não criticou o juiz, embora tenha considerado que Messi merecia receber o segundo amarelo por falta em Xabi Alonso - o primeiro foi por reclamação - e ser expulso aos 43 minutos do primeiro tempo. "Mas eu estava a 40 metros do lance, e o árbitro estava bem próximo."

De qualquer forma, a ordem é parar de lamentar. Mourinho ressalta que sua única vitória em um Superclássico neste ano foi na final da Copa do Rei, e ele saiu de campo com um troféu. Algo que o Barça não pôde fazer neste fim de semana, nem mesmo ao triunfar na semifinal da última Liga dos Campeões.

"De modo pragmático, é fácil analisar que quem ganha mais foi melhor que o rival. Mas a partida que ganhamos deles foi uma final, e uma final vale mais. Se eu pudesse escolher um jogo para ganhar deles, seria um que nos daria um título", falou, lembrando que, se não perder do Sevilla na próxima rodada, voltará a ser líder isolado do Campeonato Espanhol - o Barcelona tem pontuação igual, mas com um jogo a mais.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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