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Campeonato Espanhol

Neymar volta à mira da Receita por compra de Porsche em 2011

29 set 2015 - 13h27
(atualizado às 15h22)
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Conforme noticiou a Folha de S.Paulo nesta terça-feira, Neymar voltou a estar na pauta da Receita Federal pela compra de um Porsche Panamera, em 2011, que inclusive está retido em um pátio desde julho de 2014. De acordo com os autos, o jogador usou de um esquema ilegal, valendo-se de sua empresa, para importar o carro de R$ 350 mil ao Brasil há quatro anos.

Ainda aos 17 anos, Neymar ganhou o carro após uma aposta com o pai. O desafio era que, além da conquista do Sul-Americano sub-20 daquele ano, o atacante deveria ser o artilheiro do torneio e marcar dois gols na final. Foi o que aconteceu. Além dos dois contra o Uruguai, o camisa 11, ainda franzino, fez nove ao todo e terminou a competição como o maior goleador. Como prêmio, um Porsche de primeiro carro.

A empresa que cuida dos direitos de imagem do jogador, a Neymar Sport e Marketing, é acusada recorrer a outra empresa, a Select Import, que recebeu R$ 60 mil para ser intermediária do negócio à época, para trazer o veículo ao Brasil naquilo que é conhecido, em termos legais, como “importação por encomenda não declarada”. Cerca de dois meses depois, o carro chegou ao Brasil de navio.

Depois de ter fortuna bloqueada, Receita investiga Porsche comprada por empresa de Neymar
Depois de ter fortuna bloqueada, Receita investiga Porsche comprada por empresa de Neymar
Foto: Gabriel Rossi / Getty Images

Comprado por uma outra empresa, a First, que foi responsável pela importação, o carro – originalmente comprado na cor branca – foi adesivado na cor amarela por pedido do jogador. Dois anos após a compra, a Receita autuou Neymar e a First por terem burlado a legislação aduaneira do Brasil. Como não tinha autorização para importar, a empresa do jogador se uniu a First para concluir o processo.

A defesa de Neymar afirmou todos os valores pertinentes à compra do veículo foram pagos à empresa que intermediou a compra, assim como a First, empresa responsável pela importação, garantiu que todos os meandros do processo foram feitos de maneira legal. Em um intervalo de um ano, a empresa do jogador teve duas representações para liberar o carro negadas pela Receita.

O carro, no entanto, não pode ir a leilão até uma decisão final da Justiça. Caso não consiga o Porsche de volta, a empresa que cuida da imagem de Neymar cogita cobrar a First o valor investido ou, até mesmo, um modelo semelhante ao Panamera.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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