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Pai de Neymar nega pré-contrato com Barça e diz: quero dar paz ao meu filho

28 jan 2014 - 13h59
(atualizado em 29/1/2014 às 09h04)
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<p>Negociação de Neymar com Barcelona segue polêmica</p>
Negociação de Neymar com Barcelona segue polêmica
Foto: Getty Images

"Quero dar paz para o Neymar jogar a Copa do Mundo este ano, livre de especulações. Viemos esclarecer toda a situação do contrato por causa disso". Esta frase foi proferida pelo pai do camisa 10 da Seleção Brasileira, nesta terça-feira, em Santos.

Neymar da Silva Santos convocou a imprensa ao escritório da empresa NR Sports e deu a versão sobre a polêmica envolvendo a contratação do atacante junto ao Barcelona, no meio do ano passado. O pai do jogador negou pré-contrato e disse que não recebeu adiantamento de 40 milhões de euros (cerca de R$ 130 milhões, na cotação atual) em 2011 para vender Neymar ao Barça. "A gente só está fazendo de novo para dar paz ao meu filho. Não quero que minha empresa gere confusão", acrescentou.

De acordo com o empresário, porém, houve um acordo, há três anos, com o clube catalão, que pagou 10 milhões de euros (R$ 32,5 milhões) para "assegurar" a prioridade na compra do jogador, e mais 30 milhões de euros (R$ 98,5 milhões) no caso dele ir à Catalunha antes de 2014. Caso o camisa 11 não fosse para o Barça, porém, os 40 milhões de euros (R$ 130 milhões) seriam pagos pela empresa de Neymar ao clube catalão. Além disto, o empresário explicou os motivos pelos quais o contrato de Neymar foi aberto à imprensa.

"Pedi para o Bartomeu (novo presidente do Barcelona) abrir o contrato para proteger a pessoa física e a família do Neymar. Repito que não devo nada às Receitas do Brasil e da Espanha, nada. Espero que acreditem nesse pronunciamento, porque queremos paz. Esses 40 milhões (não declarados) foram recebidos porque ele saiu antes. Eu tinha propostas maiores. Estou fazendo isso para dar paz ao meu filho, não quero que isso gere confusão", disse.

Neymar pai ainda explicou que poderia receber mais dinheiro caso o filho ficasse no Brasil em 2013, e fosse negociado apenas em 2014. "Ele podia sair por zero dinheiro em 2014, e eu teria mais de 120 milhões de euros sozinho, porque havia propostas de outros clubes nesse valor. Espero que seja a última vez que eu tenha de vir às câmeras esclarecer isso. E que a torcida do Santos fique tranquila", acrescentou, antes de revelar que foi ele mesmo que pressionou a diretoria do clube praiano a vender Neymar ainda em 2013.

Barcelona detalha valores envolvidos na negociação de Neymar:

"Em junho de 2013, o Brasil já tinha escolhido seu herói. Eu, como pai e empresário, sabia que se perdêssemos a Copa das Confederações com manifestações no Brasil os estádios seriam quebrados, e o vilão seria o Neymar. Por isso falei ao Luis Álvaro (presidente do Santos à época) e ao Odilio (atual presidente): ‘permitam que meu filho vá embora. Por favor, é um pedido de pai. Não quero sair com tudo ou nada, mas permitam que o negócio seja realizado’", esclareceu.

Veja renúncia de presidente do Barcelona após caso Neymar:

Por fim, o empresário citou até o meio-campista Paulo Henrique Ganso para justificar o acordo com o Barça ainda em 2011, quando Neymar havia recebido uma proposta maior do Chelsea, e recusou. "O Neymar só sairia do Santos para o Barcelona. Se eu falo que fiz um pré-negócio em 2011, iam falar que ele já estava negociado. Meu trabalho era blindar e potencializar o lucro. Naquele momento, vimos o cavalo selado passar dez vezes. Uma hora pode não dar certo", disse.

"Nós amamos um jogador: Ganso. É um exemplo. É um dos maiores do mundo. Meu filho e ele cresceram juntos. Mas tiveram histórias diferentes. Hoje o Ganso está em um grande clube, mas não está na Europa e perdeu a chance de se realizar financeiramente. Imagina se acontece o mesmo com Neymar? Perderia 40 milhões de euros. O cavalo passou selado para o Ganso, mas ele se machucou e hoje ainda é questionado", decretou o empresário, que afirmou não temer a Receita Federal Espanhola.

Entenda o caso

Neymar se transferiu ao Barça em julho do ano passado, após conquistar o tetracampeonato da Copa das Confederações com a Seleção Brasileira. Na época, os valores não foram divulgados, mas, meses depois, o até então diretor Josep Maria Bartomeu revelou que o negócio custou 57 milhões de euros (cerca de R$ 180 milhões). Este valor, então, passou a ser adotado como oficial até mesmo pelo até então presidente do Barça, Sandro Rosell.

Porém, há aproximadamente duas semanas um sócio do clube catalão acusou o mandatário de desviar 40 milhões de euros (cerca de R$ 130 milhões, na cotação atual) a uma empresa do pai de Neymar durante a transação. Desta forma, segundo a acusação, os valores divulgados da transferência seriam "fictícios" e chegariam aos 86,2 milhões de euros. A única coisa que se sabe, no entanto, é que a polêmica está sendo investigada pela Justiça Espanhola.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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