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Campeonato Espanhol

Sob cuidados especiais, Neymar estreia pelo Barcelona e faz Brasil sonhar

Desde a eleição de Kaká para melhor do mundo, há cinco anos, futebol brasileiro não tinha um atacante capaz de ter a Europa aos seus pés

18 ago 2013 - 08h02
(atualizado às 08h24)
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<p>Neymar em seu treinamento de véspera para a estreia deste domingo</p>
Neymar em seu treinamento de véspera para a estreia deste domingo
Foto: EFE

Enfim, a hora de ser protagonista novamente. Essa é a esperança que Neymar oferece ao futebol brasileiro na Europa a partir deste domingo, estreia oficial com a camisa do Barcelona diante do Levante (às 14h de Brasília) no Camp Nou. É verdade que ele ainda não está em boas condições físicas, conforme o próprio treinador Gerardo Martino, e pode até começar sua primeira partida oficial na reserva. Mas a curto ou médio prazo, o que se espera é que ocupe um espaço aberto há cinco anos.

Desde a temporada 2008-09, seguinte à eleição de Kaká como melhor do mundo, o futebol brasileiro se distanciou do protagonismo na Liga dos Campeões e nas maiores ligas da Europa. Virou o país dos defensores, com Daniel Alves do Barcelona, Júlio César, Maicon e Lúcio da Inter de Milão, David Luiz e Ramires no Chelsea e até mesmo Dante pelo Bayern de Munique. Nos últimos campeões europeus, de fato, não havia atacante nascido no Brasil.

Neymar, aos 21 anos, esticou sua permanência no Brasil para conquistar quase tudo que podia, esportiva e financeiramente, com a camisa do Santos. Mas chega maduro à Europa, com 291 partidas como profissional e 178 gols marcados. O Barcelona, que o cortejava havia alguns anos, topou pagar a segunda maior quantia de sua história, com 59 milhões de euros. Tudo porque, como o futebol brasileiro, também precisava de uma estrela.

Varrido da Liga dos Campeões por sete gols de diferença pelo Bayern de Munique, ainda que na semifinal, o Barcelona entendeu que não precisava de grandes ajustes. Trocou de treinador por problemas médicos, até reduziu seu elenco com as vendas de Thiago Alcântara e David Villa e só buscou alguém capaz de dividir responsabilidades com Messi. Um ajuste de rota pontual para o time que ganhou quatro títulos espanhóis e dois europeus nos últimos cinco anos.

<p>Contra a Suíça na última quarta, Brasil perdeu com Neymar em atuação apagada por 90 minutos</p>
Contra a Suíça na última quarta, Brasil perdeu com Neymar em atuação apagada por 90 minutos
Foto: Arnd Wiegmann / Reuters

A tanta expectativa, Gerardo Martino respondeu com cautela. O treinador argentino que assume o Barcelona está preocupado pelas condições físicas de Neymar. O brasileiro voltou das férias há 20 dias com quadro de anemia, fruto de cirurgia nas amígdalas que lhe custaram sete quilos. Excursionou com seu clube por Polônia, Israel, Palestina, Malásia e Tailândia. Na volta, foi com a Seleção para a Suíça e, na última quarta, teve atuação ruim e ficou em campo por 90 minutos. 

"Ele teve menos tempo que todos, inclusive eu. Não foi uma chegada normal. Foi depois da Copa das Confederações. Ele é quem menos trabalhou a condição física e queremos que sua chegada à equipe seja correta, sem pressão", disse Martino. "Necessitamos ser bastante lógicos na hora de encaixá-lo à equipe", declarou, o que abriu a chance de o principal reforço largar na reserva. 

Desde sua chegada, o técnico se movimenta de maneira a valorizar o que o Barcelona já tinha. Como ao minimizar a aguardada chegada de um zagueiro e dizer que espera pela recuperação de Puyol. Ainda assim, com elogios e uma declaração emblemática carregada de expectativas. "É muito difícil de imaginar que a categoria de Neymar não seja o aporte que o Barça necessita". 

Em meio a notícias que especulam sobre a viabilidade de sua parceria com Lionel Messi, Neymar dará largada. Para não repetir a trajetória de decepção com Robinho no Real Madrid, para quem sabe confirmar o que Pelé já sugeriu, de que é melhor que Messi. O que o futebol brasileiro espera, em meio a tudo isso, é uma estrela de verdade nos principais gramados da Europa. Como Romário, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho e Kaká foram de 1993 até 2008.

Fonte: Terra
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