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Copa do Rei

Com show de Messi, Barça conquista Copa do Rei e sonha com a 'tríplice coroa'

30 mai 2015 - 19h12
(atualizado às 19h17)
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Lionel Messi mostrou mais uma vez que é de outro planeta, voando baixo na vitória por 3 a 1 do Barcelona sobre o Athletic Bilbao que garantiu o 27º título da sua equipe na Copa do Rei, neste sábado, no Camp Nou.

O clube catalão chega embalado para decisão da Liga dos Campeões, mantendo vivo o sonho de conquistar a 'tríplice coroa'.

O Barça mostrou todo seu repertório no primeiro tempo: Messi abriu o placar com lance individual de gênio aos 20 minutos de jogo, e Neymar ampliou aos 36, na conclusão de uma bela jogada coletiva.

O craque argentino coroou sua atuação de gala ao anotar seu segundo na partida aos 29 minutos da etapa final, e Iñaki Williams fez o gol de honra do time basco de cabeça, aos 34.

O Barça consolidou-se como o recordista de títulos da Copa do Rei, ampliando a vantagem sobre o Athletic, que tem 23, e o Real Madrid (19). Foi a sexta vez que conseguiu conquistar a Copa e o campeonato nacional na mesma temporada, contra cinco do time basco.

Na semana que vem, terá a possibilidade de encerrar a brilhante temporada com chave de ouro, contra a Juventus, no dia 6 de junho, em Berlim, em busca do pentacampeonato na Liga dos Campeões, diante de um time italiano que também almeja conquistar a 'tríplice coroa'.

"Fico muito feliz por tudo que conseguimos fazer e quero parabenizar a equipe por esse jogo. Fisicamente, estamos bem. Vamos manter a calma, conseguimos o 'doblete', mas ainda falta uma semana e 90 minutos de jogo", lembrou Neymar após a partida.

O Athletic, que chegou ao Camp Nou com forte apoio da sua torcida, ostentava uma invencibilidade de sete partidas, mas não foi páreo para a magia de Messi e companhia.

Neste confronto entre times de duas regiões que reivindicam a independência, o hino nacional espanhol foi copiosamente vaiado. Mal dava para ouvir a música, e o Rei Felipe VI ficou com cara de poucos amigos.

Xavi participou da festa catalã no segundo tempo, ao entrar aos 10, no lugar de Andres Iniesta. O meia de 35 anos disputou sua última partida no Camp Nou, e foi aplaudido pelas duas torcidas. Usando a braçadeira de capitão, foi ele que ergueu a taça do título, ao lado de Iniesta.

Por se tratar de um jogo, em teoria, em 'campo neutro', as arquibancadas do Camp Nou tinham uma tonalidade diferente do habitual, com estádio dividido e muitas camisas vermelhas e brancas fazendo bonito contraste com o azul e grená do Barça.

O Barça contou com o retorno do uruguaio Luis Suárez, que se recuperou de uma lesão muscular e reformou o trio 'MSN' com Messi e Neymar.

Como era de se esperar, o time catalão começou pressionando, monopolizando a posse de bola, mas enfrentou forte marcação adversária.

No seu primeiro lance, Neymar tentou sair pedalando pela ponta esquerda, mas teve que voltar até o meio do campo para evitar ser desarmado.

Com visual novo, usando um topete de gosto duvidoso no meio da careca, Daniel Alves levava muito perigo pela direita, criando espaços na defesa basca ao mostrar ótimo entrosamento com Messi.

O Barça, no entanto, levou um susto aos 10 minutos de jogo, quando o goleiro alemão Ter Stegen bobeou numa bola recuada e entregou a bola de presente para Iñaki Williams. O primeiro jogador negro da história do clube basco só abriu o placar porque foi desarmado de última hora por Piqué.

Os bascos se defendiam com unhas e dentes, mas nenhuma retranca é capaz de parar uma jogada de gênio. Aos 20, Messi recebeu no ponta direita, passou por três marcadores como se fossem meros postes, invadiu a área, entortou mais um e chutou no cantinho do goleiro Hellerin para marcar um gol antológico. Foi o 57º do camisa 10 em 56 jogos nesta temporada.

Não satisfeito com o placar de 1 a 0, o Barça continuou envolvendo o Athletic com a qualidade do seu passe, e foi numa jogada coletiva que chegou ao segundo gol, aos 36.

Messi, sempre ele, tabelou com Rakitic, que lançou Suárez na medida na direita da área. O uruguaio cruzou rasteiro para Neymar, que só teve o trabalho de empurrar a bola para as redes.

Com o título praticamente no bolso no intervalo, o Barça se contentou em tocar a bola com tranquilidade, sem ser ameaçado pelo adversário.

Messi selou o resultado aos 29, transformando em gol a boa parceria com Daniel Alves. Este gol acabou de vez com as esperanças do time basco, tornando o gol de cabeça de Williams insuficiente para atrapalhar a marcha triunfal do Barça.

Aos 41, Neymar tentou o drible 'lambreta', que foi visto como uma provocação para humilhar o adversário, provocando um início de briga, com empurra-empurra, estragando um pouco o clima deste jogaço, marcado pela genialidade de Messi.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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