Guardiola acusa dirigentes do Barcelona
O treinador do Bayern de Munique, Pep Guardiola, criou uma tempestade midiática na Espanha nesta sexta-feira ao acusar os dirigentes do Barcelona de usar o câncer de seu ex-assistente Tito Vilanova para criticá-lo.
O técnico de 42 anos, que conquistou 14 títulos com o Barça entre 2008 e 2012, acusou o presidente do clube catalão Sandro Rosell e seus dirigentes.
"Este ano aconteceram muitas coias que passaram dos limites, mas usar a doença de Tito para me atingir é algo que nunca esquecerei", disse Guardiola em coletiva de imprensa na última quinta-feira em Lago de Garda, no norte italiano, onde a equipe bávara conduz a pré-temporada.
"Tito e eu nos vimos em Nova York (onde Vilanova foi tratar um câncer na glândula perótida) e se não nos vimos mais vezes é porque não foi possível, mas não foi por minha causa", afirmou Guardiola, sem dar maiores detalhes.
O vice-presidente do Barcelona, Jordi Cardoner, se disse supreso com as declarações do ex-técnico do Barça e negou que o clube tenha tentado atingir Guardiola como este acusou.
"Não usamos a doença de Tito para atingir Pep", disse Cardoner em entrevista ao diário esportivo catalão Mundo Deportivo, completando que espera mais informações sobre o ocorrido já que, de acordo com ele, as relações entre Guardiola e Rosell sempre foram "cordiais".
Na mesma coletiva de imprensa, Guardiola negou ter dito ao pai de Neymar que Vilanova, atual técnico do Barcelona, não saberia utilizar o jovem astro brasileiro ao lado do argentino Lionel Messi na mesma equipe.
Guardiola, porém, confirmou ter conversado com o pai de Neymar e afirmado que a escolha pelo Barcelona era acertada. "O nome de Tito Vilanova e sua eventual capacidade de treinar Neymar nunca foi assunto, nunca", enfatizou.
"Preciso mesmo explicar que não quero que coisas ruins acontecam com alguém que foi meu colega por tanto tempo? É de muito mau gosto e eu não esperava isso", concluiu.
Todos os direitos de reprodução e representação reservados.
-1ji798gzkd6ia.jpg)
