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Copa do Rei

Madridistas veem D. Costa "sujo" e goleiro culpado por derrota

17 mai 2013 - 21h14
(atualizado às 22h54)
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<p>Diego López observa o gol depois da cabeçada de Miranda</p>
Diego López observa o gol depois da cabeçada de Miranda
Foto: Reuters

A Copa do Rei não é o principal título em disputa na temporada de uma equipe como o Real Madrid. O gigante do futebol europeu tem sempre como maiores objetivos o Campeonato Espanhol e, principalmente, a Liga dos Campeões. Mas a derrota por 2 a 1 nesta sexta-feira para o rival local Atlético, em pleno Santiago Bernabéu, mostrou que a competição ainda mexe muito com a paixão dos torcedores madridistas.

Em quase qualquer bar no centro da capital espanhola, a esmagadora maioria de torcedores era do Real Madrid. Grupos pequenos se juntaram em mesas para torcer pela conquista que poderia apagar um pouco o fracasso que foi a temporada do time de José Mourinho. E logo começaram as "cornetagens", como também é comum no Brasil. "Albiol não marca a própria sombra" e "Diego López não passa confiança" foram algumas das críticas disparadas logo nos primeiros cinco minutos de jogo.

Os torcedores vibraram, gritaram e se acalmaram um pouco após o gol de cabeça de Cristiano Ronaldo, aos 13min, que colocou o Real na frente. Mas as poucas chances criadas ainda incomodavam. Quando o brasileiro Diego Costa empatou, após grande jogada de Falcao García, o tom foi de inconformismo. "Tomamos gol desse jogador sujo. Ele já deu na cara do Ramos", reclamou um.

Diego Costa brigava e causava problemas com seu estilo voluntarioso, e acertou um belo chute cruzado no gol de empate do Atlético. Mas o goleiro Diego López – que vem deixando no banco o ídolo Iker Casillas, cujo relacionamento com Mourinho é péssimo – não foi perdoado nem pelo garçom. "Casillas pegaria essa!", gritou ele, de trás do balcão.

O segundo tempo manteve a toada do primeiro: nenhum time criava chances claras com frequência, e o nervosismo dos madridistas aumentava. "Cristiano é um monstro", exclamava um a cada jogada do astro português. "Ele é forte, por isso parece que não apanha tanto. Mas batem muito nele", reclamou outro.

Sem mais gols no tempo normal, a partida seguiu para a prorrogação. E se Diego López não contava com a confiança dos torcedores do Real, brilhou a estrela do arqueiro do Atlético: o belga Courtois fez duas defesas espetaculares em chances de Higuaín e Özil. Quando saiu o gol decisivo de Miranda, antecipando-se a López para cabecear, o goleiro do Real novamente ficou sob a mira dos torcedores.

"Perdemos por causa dele. Não se pode deixar Casillas no banco e López jogando", concluiu um fã mais idoso, com a anuência do garçom. Sem atleticanos, o bar não teve festa após o apito final. Mas a tristeza e a irritação dos madridistas mostrou que, se a Copa do Rei não é o torneio mais prestigiado da Espanha, a velha rivalidade com os vizinhos é algo que nunca pode ser subestimado no futebol – em qualquer parte do mundo.

Fonte: Terra
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