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Copa do Rei

Vilanova critica o amigo Guardiola

16 jul 2013 - 11h34
(atualizado às 11h37)
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O treinador do Barcelona, Tito Vilanova, criticou o amigo e predecessor, Pep Guardiola, ao garantir nesta terça-feira em coletiva de imprensa que o atual técnico do Bayern não se fez presente quando Vilanova lutava contra um câncer.

"Vocês sabem que sempre tentei evitar falar de temas pessoais e somente falar de futebol, mas escutei o que Pep disse e não concordo, me surpreendeu", afirmou Vilanova.

"Não acredito que algum dirigente tenha me usado para atacar Pep. Eles me ajudaram em tudo que foi possível", declarou em coletiva de imprensa.

Dias antes, na Itália, onde o Bayern conduz a pré-temporada, Guardiola disparou contra os dirigentes catalães, acusando-os de usar o câncer de seu ex-assistente Vilanova para criticá-lo e pediu para que o deixem em paz para trabalhar em seu novo projeto na Alemanha.

Vilanova, porém, não parece concordar com o amigo e ex-colega de trabalho.

"Me encontrei com Pep em uma visita de dois dias que fiz à Nova York. Depois fiquei dois meses, quando me operaram e fizeram o tratamento. Não nos vimos, mas não foi culpa minha. Ele achou que era melhor não nos vermos. É meu amigo e eu precisava dele", explicou. "Eu teria agido de outra maneira", disse Vilanova.

"Quem estava sozinho era eu, quem passava por um mau momento era eu, quem precisava de ajuda era eu", repetiu Vilanova em coletiva de imprensa, no dia seguinte à reapresentação dos jogadores, que se preparam para a próxima temporada.

A venda de Thiago Alcântara para o Bayern de Munique de Pep também parece ser outro ponto de discórdia.

"Não me incomoda que Guardiola tenha levado o Thiago, o que me incomoda é que o Thiago tenha saído do Barcelona. Fizemos tudo para que seguisse aqui", explicou Vilanova, que aproveitou para falar da necessidade de contratar um zagueiro.

"A intenção é trazer um zagueiro. Thiago Silva é um jogador que queremos, mas existem outros jogadores", disse sobre o capitão da seleção brasileira.

O presidente do Barcelona, Sandro Rosell, também falou sobre as desavenças entre o clube e Guardiola, após quatro anos gloriosos do ex-técnico à frente da equipe catalã, onde conquistou 14 títulos.

"Ficamos surpresos pelas declarações de Guardiola. O que ele falou da diretoria e da doença de Tito é totalmente falso", enfatizou Rosell.

"Peço aos barcelonistas que aprendam com o passado. O que aconteceu no passado, na época de Johan Cruyff, quando o clube se dividiu entre os Cruyffistas e os não-Cruyffistas. Peço que não criemos Guardiolistas e não-Guardiolistas. Na hemeroteca é possível comprovar o trato institucional que tivemos com o melhor treinador da história do clube", elogiou o presidente.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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