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Fifa: culpa por condições de trabalho no Catar não é nossa

2 dez 2014 - 17h32
(atualizado às 17h49)
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A Fifa não é responsável pelas condições de trabalho dos funcionários que contribuem para a construção de estádios para a Copa do Mundo de 2022 no Catar, disse o presidente da entidade que controla o futebol mundial, Joseph Blatter, nesta terça-feira.

"No Catar eles estão trabalhando em grandes empresas da Alemanha, da França, da Inglaterra e de outros países europeus e elas são responsáveis por seus trabalhadores e não a Fifa", disse Blatter a repórteres em uma visita ao Sri Lanka.

O Catar está sob crescente questionamento sobre suas práticas de trabalho, desde que a Fifa concedeu ao país o direito de sediar a Copa do Mundo. A Anistia Internacional disse em novembro que o Catar tem sido lento ao responder às preocupações sobre o abuso de trabalhadores migrantes, seis meses depois de estabelecer planos para reformas trabalhistas.

Apesar da pressão global sobre o Catar para resolver relatos de exploração no trabalho, 29.400 pessoas, ou 1,4% da população do Catar, trabalhariam como escravas, em trabalho forçado ou servidão doméstica, de acordo com estimativa de uma ONG. Mais de 1,6 milhão de trabalhadores estrangeiros são empregados no Catar, onde superam a mão de obra local em cerca de 20 para um, segundo o Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais do Catar.

O Ministério do Trabalho afirmou anteriormente em um comunicado que estava empenhado em melhorar as condições dos trabalhadores e já havia feito alterações, como o aumento das multas para os empregadores que retém passaportes ilegalmente, o emprego de mais inspectores do trabalho e o fechamento das empresas que operam em locais inseguros.

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