Fifa garante anonimato a investigados sobre corrupção da Copa de 2022

17 out 2014 - 10h12

(atualizado às 10h34)

Segundo anuncia nesta sexta-feira, a Fifa não divulgará os nomes dos investigados sobre a suspeita de corrupção na Copa do Mundo a ser realizada em 2022, no Catar. A entidade máxima do futebol promete divulgar o primeiro relatório no próximo mês, mas garantindo anonimato aos envolvidos no possível escândalo.

Suspeito de ter comprado votos para sediar o Mundial daqui a oito anos, o Catar é alvo de investigação recém-aberta pela Fifa. Um primeiro relatório de nada menos que 200 mil páginas foi entregue à Justiça pelo advogado norte-americano Michael Garcia, que deu início à pesquisa. Mas em entrevista ao site da Fifa, o juiz responsável pelo caso, Hans-Joachim Eckert, explica que não divulgará o documento na íntegra.

"A declaração incluirá um resumo da investigação, um resumo das principais revelações, conclusões e recomendações, além de uma rápida avaliação", confira o magistrado alemão. "Publicar o informe completo colocaria o Comitê de Ética da Fifa e até a Fifa em uma situação legal muito complicada", completa, assegurando o direito de anonimato aos citados no documento.

Eckert ainda estaria analisando a situação para decidir como apresentar a publicação de forma "adequada" no próximo mês. Se comprovada a compra de votos ao longo da investigação, a Fifa deve convocar novo pleito para decidir o país-sede da Copa do Mundo de 2022. De qualquer forma, a decisão judicial não deve sair neste ano.