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Campeonato Francês

Dunga garante que não quer "perder a essência do futebol brasileiro"

25 mar 2015 - 14h12
(atualizado às 14h12)
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Considerado o símbolo do pragmatismo em detrimento do jogo vistoso, Dunga afirmou rebateu críticas ao afirmar que não pretende "perder a essência do futebol brasileiro", nesta quarta-feira, na véspera do amistoso contra a França.

-Que lembranças você guarda da final da Copa do Mundo de 1998?

"Ganhar ou perder faz parte do futebol. O Brasil disputava sua segunda final seguida. Esta final vai ficar para sempre na memória. O estádio cheio, a festa, a adrenalina do jogo. Enfrentamos uma grande equipe. Quando perdemos, falamos muito nos nossos erros, mas também é preciso ressaltar o valor do adversário. A França tinha uma grande seleção. Jogava em casa, com grande atletas, que ganharam muita experiência ao atuar fora do país. Ser campeão mundial é muito difícil, é para poucos. A França foi campeã apenas uma vez, e portando não deixou escapar o título em casa".

-Será que Thiago Silva conseguiu superar o trauma da última Copa? Ele é emotivo demais?

"Os jogos seguintes vão demonstrar se ele conseguiu superar ou não. Acreditamos nele, em sua capacidade e qualidade técnica e tática. Todos nós somos emotivos, principalmente os latinos. O mais importante é conseguir o equilíbrio de controlar a emoção do bem ou do mal nos momentos de maior pressão"

-Você confirma que Firmino será titular no ataque?

"Não confirmamos nada, colete é mera distribuição de posições. Trabalhamos o equilíbrio da defesa, a transição da defesa para o ataque e movimentos ofensivos. Independentemente de quem vai jogar ou não, todos têm que estar preparados".

"Teremos que jogar melhor do que a França. É um adversário complicado, que joga em casa. Depois disso, teremos a Copa América, então precisamos estar preparados".

-Qual a importância deste amistoso para testar jogadores?

"Todos os jogos são fundamentais. Precisamos ter opções para cada posição. É importante ter amistosos, para avaliar as dificuldades de cada partida e ver o que precisamos melhorar para estarmos preparados para a próxima competição oficial. Muitos acham que precisa mudar 50 a 60% da equipe, mas neste caso, não é possível tirar o melhor de cada jogador. Se mudar apenas um ou dois, ajuda os novatos, que chegam com uma base forte já montada. Mudanças demais criam instabilidade".

"Queremos montar uma equipe moderna, compacta, agressiva, mas sem perder a essência do futebol brasileiro: o drible e a criatividade".

-Qual é a chave de uma boa preparação para a Copa do Mundo de 2018?

"Depende de quem está no comando dos jogadores, mas principalmente de aprender com o que aconteceu e tentar fazer diferente. Fazemos críticas construtivas, pontuais, para que possamos melhorar. São três fatores importantes: pensar como vencedores, ter atitude e realizar o que pensamos. No papel, tudo dá certo, todo mundo é bom. Em campo as coisas mudam, ali temos que ser bons"

Declarações colhidas em entrevista coletiva.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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