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Campeonato Francês

Mônaco mostra sintonia dentro e fora de campo

19 ago 2013 - 20h16
(atualizado em 20/8/2013 às 08h47)
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Recém-promovido à primeira divisão francesa e após uma janela de transferência movimentada (150 milhões de euros gastos), o Mônaco já vem calando os críticos graças a um bom começo de temporada e a uma apresentação convincente no último domingo frente ao Montpellier (4-1).

Aos 61 anos, o experiente Claudio Ranieri sabe lidar com a pressão. Em Mônaco, ela vem de seu próprio dono, o russo Dmitry Rybolovlev. Mas o italiano não costuma perder a cabeça com facilidade. Desde o fim da temporada passada, ele preferiu citar as deficiências do elenco e deixar o vice-presidente do clube, Vadim Vasilyev, cuidar das contratações, o que deu certo. Em seguida, Ranieri se adaptou ao elenco, eliminando os elementos indesejados, e sendo pragmático para encontrar um equilíbrio defensivo, dando liberdade em campo para suas estrelas ofensivas.

Para justificar o ótimo começo de temporada, Eric Abidal não hesitou em elogiar o treinador. "Isto vem da tática da nossa equipe, das escolhas do técnico", disse o jogador da seleção francesa. "Ainda não estamos prontos para pressionar muito o adversário então nós ficamos esperando. Nos adaptamos ao adversário, sempre guardando uma carta na manga. Nossos alas semeiam o caos nas defesas adversárias e tentamos nos manter sólidos, eficazes defensivamente", explicou.

Mas o Mônaco ainda não está pronto. Esta também é a mensagem de Ranieri, que pede mais um mês de paciência. Mesmo vivendo uma lua de mel com sua torcida, ele prefere optar pela cautela.

- Influência dos veteranos dentro e fora de campo.

Abidal, Toulalan e Ricardo Carvalho possuem vastos currículos, mas também vem demonstrando seu valor dentro de campo. Cada um, ao seu estilo, exerce uma liderança no grupo. Nos discursos, palavras como unidade, respeito, humildade e trabalho. Os jovens, como Kurzawa, Rivière ou Germain, falam em aprendizado com esta convivência. "Não escondemos nossos objetivos. Não nos omitiremos até o fim. Precisamos vencer partidas", disse Abidal.

"É o começo de uma bela aventura", avisa por sua vez Toulalan. Cada um corre pelo outro. Existe um ambiente bom no grupo, isso é o mais importante. Sabemos que seremos esperados, que passaremos por dificuldades, mas daremos nosso máximo para que dê certo".

Com a principal estrela do grupo, o colombiano Falcao, nos trilhos e focado no coletivo, o grupo parece destinado ao sucesso.

Os jogadores que "semeiam o caos" se chamam Ferreira Carrasco, Ocampos e James Rodriguez e têm 19, os dois primeiros, e 22 anos. Enquanto Carrasco e Ocampos continuam progredindo após a passagem pela segunda divisão no ano passado, Rodriguez foi contratado por 45 milhões de euros junto ao Porto para ser uma das referências da equipe. Eles são habilidosos, técnicos, velozes e entenderam a importância do sacrifício pessoal pelo bem coletivo. Neste sentido, eles têm Falcao como modelo. "Os grandes jogadores do Mônaco se esforçam para ajudar uns aos outros, ao contrário do que se vê em Paris, onde nem todos seguem esta filosofia", testemunhou Anthony Mounier, jogador do Montepellier que jogou contra ambas as equipes.

"Conseguimos vencer sem Moutinho, sem James Rodriguez, isso é ótimo", declarou sorrindo Ranieiri, após a partida contra o Montpellier. "Isso mostra que todos estão focados no projeto do clube", concluiu.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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