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Campeonato Francês

Técnico da França diz que desempenho do Brasil na Copa "não foi um fracasso"

25 mar 2015 - 15h12
(atualizado às 15h12)
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Por mais que o Brasil ainda tente curar as feridas depois da humilhante goleada de 7 a 1 sofrida diante da Alemanha, o técnico da seleção francesa, Didier Deschamps, surpreendeu nesta quarta-feira ao declarar que o desempenho dos comandados de Felipão "não foi um fracasso".

França e Brasil se enfrentam nesta quinta-feira, no Stade de France, palco de outro vexame brasileiro, o 3 a 0 da final da Copa de 1998, e Deschamps destacou em entrevista coletiva a importância de testar sua equipe "contra os melhores".

"O Brasil sai de uma Copa do Mundo que não podemos chamar de fracasso, por mais que tenha jogado em casa. Eles chegaram às semifinais, e nós paramos nas quartas. O placar pode ter sido traumatizante, mas eles mudaram bastante desde então. Vêm de uma sequencia impressionante (seis vitórias em seis partidas), com praticamente a mesma equipe, o mesmo esquema tático, e jogadores com muita qualidade. Com o quarteto ofensivo formado por Oscar, Neymar, Willian e Firmino ou Luiz Adriano, eles ganham muita velocidade, técnica e capacidade de desequilibrar. Ainda têm um ótimo bloco defensivo, com uma linha de quatro e os volantes para deixar a equipe mais estável. Observamos muitas coisas ótimas nestes seis jogos".

-Será seu quinto confronto com o Brasil, o segundo como técnico, depois de três como jogador. É sempre o mesmo sentimento na hora de enfrentar a seleção?

"Com certeza, o Brasil é o país do futebol. Vimos isso durante a Copa, há muita paixão. O jogador brasileiro é sempre muito prestigiado, brasileiros marcaram a história do futebol europeu e mundial. É a seleção pentacampeã do mundo, ainda é uma referência. Das quatro vezes em que enfrentei o Brasil, deu mais ou menos tudo certo para nós, menos na última (derrota por 3 a 0, em junho de 2013, em Porto Alegre). É interessante ter essa adversidade, vamos ter um jogo complicado, mas com a perspectiva de disputar a Eurocopa de 2016 em casa, é sempre bom enfrentar os melhores, e o Brasil ainda tem uma das melhores seleções do mundo".

-O que você acha da fase atual de Benzema?

"Ele está atuando em ótimo nível. É um jogador que não se contenta com o trabalho bem feito do passado. É um competidor, que ainda tem boa margem de progressão. Dá para perceber que está feliz no Real Madrid. Ele tem muita influência no jogo, tanto com seu clube quanto com a seleção francesa".

-Que lembranças você guarda do Dunga como capitão do Brasil, que enfrentou na final da Copa de 1998?

"Foi um grande jogador da seleção brasileira. Era um jogador muito influente, e atuava na mesma posição que eu, então há muito respeito entre nós. Encontrei com ele no Parque dos Príncipes, antes da partida entre Paris Saint-Germain e Barcelona, e conversamos um pouco. Ele fala italiano, como eu, então conseguimos bater um papo".

Declarações colhidas em entrevista coletiva

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