Huntelaar se diz "desapontado e irritado" com reserva na Holanda
5 jun2012 - 14h12
Compartilhar
Preparando a Holanda para a disputa da Eurocopa, o técnico Bert Van Marwjik não deverá colocar Robin Van Persie e Klaas Jan Huntelaar no ataque da seleção - o jogador do Arsenal deverá ser titular, deixando o artilheiro do Schalke no banco de reservas.
A escolha, porém, não deixou Huntelaar satisfeito. Autor de 29 gols no Campeonato Alemão, o artilheiro do Campeonato Alemão resumiu seu sentimento sobre o fato de estar na reserva. "Já disse que estou desapontado e irritado. Mas prefiro manter a calma e continuar a trabalhar. Não há porque falar muito sobre", desabafou o atleta, nesta terça, em entrevista à agência de notícias ANP.
Embora tenha dito que Van Persie e Huntelaar podem atuar juntos, Van Marjwik preferiu não fazê-lo, como no amistoso diante da Irlanda do Norte. Na goleada por 6 a 0, o artilheiro do Campeonato Inglês com 30 gols deixou sua marca duas vezes - Huntelaar, por sua vez, substituiu o atacante no segundo tempo e passou em branco.
Atual vice-campeã da Copa do Mundo, a Holanda chega como uma das candidatas ao título da Eurocopa. Sua estreia na competição está marcada para o dia 9 de junho. No Grupo B, a equipe enfrenta a Dinamarca, enquanto, pela mesma chave, a Alemanha duela com Portugal.
A edição 14 da Eurocopa tem sua largada na próxima sexta-feira e apresenta, na Polônia e na Ucrânia, as grandes seleções do futebol europeu. Seja na atual campeã Espanha ou em azarões como a Suécia, os craques têm passagem livre. Confira 10 deles que podem definir o título:
Foto: Getty Images
Bastian Schweinsteiger (Alemanha) - O motor: Difícil encontrar outra definição para o volante alemão do Bayern, meia de origem, senão aquela de que leva o time à frente. Ao lado de Khedira, do Real Madrid, "Schweini" vive o auge da carreira aos 27 anos e disputa sua terceira Eurocopa, mas a primeira nesta função. Sua força mental preocupa os alemães, já que deixou a Allianz Arena como vilão ao perder o pênalti que deu o título da Liga dos Campeões ao Chelsea
Foto: Getty Images
Cristiano Ronaldo (Portugal) - O maior: Melhor do mundo em 2008, o português do Real Madrid tem evoluído espantosamente e chegou à melhor forma da carreira na última temporada aos 27 anos. Campeão espanhol, fez 60 gols em 55 jogos e ganhou força para tentar sua primeira performance realmente decisiva em um torneio de seleções, mas o "grupo da morte" é um obstáculo muito claro. Será a terceira Eurocopa de sua carreira.
Foto: Getty Images
Robin van Persie (Holanda) - O protagonista: Principal jogador holandês da atualidade, o goleador do Arsenal e da última edição do Campeonato Inglês vive dias de apreensão até o início da Eurocopa. Diante da boa fase de Huntelaar, artilheiro das Eliminatórias, e de sua inconstância na seleção, o treinador Bert van Marwijk cogita até deixá-lo na reserva. Aos 27 anos, Van Persie fez 30 gols e ainda afastou a fama de frágil fisicamente, pois atuou nas 38 rodadas.
Foto: Getty Images
Xavi Hernández (Espanha) - O cérebro: Aos 32 anos, o melhor jogador da última Eurocopa tem, em Polônia e Ucrânia, sua possível despedida dos grandes torneios internacionais de seleções. Xavi chega desgastado por uma temporada dura pelo Barcelona em que atuou abaixo do normal nas últimas semanas, e pode ter sua importância até superada por Andrés Iniesta e David Silva. Ainda sim, já fez o suficiente para ser apontado como o maior jogador da Espanha em todos os tempos.
Foto: Getty Images
Andrea Pirlo (Itália) - O rejuvenescido: O regista italiano deixou o Milan a custo zero há um ano, mas teve uma das melhores temporadas da carreira à frente do meio-campo da Juventus, campeã italiana de forma invicta. Foi o suficiente para Pirlo também voltar à órbita da seleção italiana. Atua protegido por mais três volantes, geralmente De Rossi, Marchisio e Thiago Motta, o que permite a ele, campeão mundial em 2006, armar o jogo a partir da intermediária defensiva.
Foto: Getty Images
Petr Cech (República Checa) - O homem-Uefa: Melhor goleiro da Euro 2004 e com uma história especial no título da Euro Sub-21 conquistado em 2002, o camisa 1 do Chelsea voltou a brilhar em competições da Uefa em maio, quando foi o grande nome das finais da Liga dos Campeões e levou a taça com o Chelsea. O desempenho da equipe checa minimiza a chance de Cech ir até as semifinais, mas se há um arqueiro capaz de fazer a diferença na atualidade, ele é um dos principais.
Foto: Getty Images
Luka Modric (Croácia) - O número 10: Um dos jogadores mais regulares do Campeonato Inglês, é intitulado o Cruyff croata por sua técnica e versatilidade dentro de campo. Fez uma marcante primeira fase na última Eurocopa. Aos 26 anos, é alvo constante das especulações de que pode deixar o Tottenham, mas afirmou de maneira categórica que seu foco estará na Euro. Perigo para os adversários do Grupo C: Itália, Espanha e Irlanda.
Foto: Getty Images
Zlatan Ibrahimovic (Suécia) - O artista: Campeão italiano como protagonista por três clubes diferentes, Ibra, do Milan, ainda procura um torneio brilhante com a camisa da seleção. Eleito capitão durante as Eliminatórias, ele precisa liderar um time sem o brilho de outros tempos e que tem de eliminar Inglaterra ou França na fase de grupos. Aos 30 anos, é possivelmente sua última Euro em alto nível. Na edição 2004, contra a Itália, marcou um gol inesquecível de calcanhar.
Foto: Getty Images
Wayne Rooney (Inglaterra) - O Shrek: Para ser o protagonista da Eurocopa, Rooney precisará da equipe. Suspenso dos jogos contra França e Suécia, ele retorna apenas na 3ª rodada. Em um time repleto de desfalques e um treinador com dois jogos no cargo, Rooney pode ser a arma letal ¿ para a imprensa inglesa, a Inglaterra atuará fechada atrás como o Chelsea. O "Shrek", como é conhecido o craque do Manchester United, brilhou na Euro 2004 com apenas 18 anos.
Foto: Getty Images
Franck Ribéry (França) - O franco-bávaro Principal nome do Bayern de Munique na última temporada, Ribéry só não conseguiu um título, já que foi vice-campeão alemão, da Copa da Alemanha e da Liga dos Campeões. O Scarface, que explodiu no futebol apenas aos 23 anos, tem a segunda Euro da carreira aos 29. Na edição 2008, a França caiu na primeira fase de forma vergonhosa e Ribéry ainda teve grave lesão no joelho. Hora de redenções?