Mourinho ironiza Wenger: “Não ganha nada, mas é rei”
A exemplo do que acontece no Brasil, o futebol inglês também vive um momento de turbulência com seu modelo de arbitragem. Nesta sexta-feira, o técnico José Mourinho se disse perseguido pelos árbitros e voltou a cutucar o francês Arsène Wenger.
“Nesse país, só há um treinador que não está sob pressão. O Steve (McLaren, do Newcastle) está sob pressão. Eu estou sob pressão. O Brendan (Rodgers, do Liverpool) está pressionado. O (Manuel) Pellegrini está sob pressão no City”, listou Mourinho. “Não podemos perder jogos ou decepcionar as expectativas. Há apenas um técnico que, por algum motivo, não está nessa lista. Bom para ele”, prosseguiu o profissional, sem citar o nome do único treinador ao qual se referiu.
“Vocês sabem quem é. É apenas um treinador dentre todos os 20”, cutucou, em clara referência a Wenger, técnico do Arsenal desde outubro de 1996. “Ele pode falar com e sobre os árbitros quando bem entender. Pode empurrar pessoas na área técnica, pode chorar de manhã, chorar à tarde... Nada acontece. Não ganha nada, mas mantém o cargo e continua sendo o rei por lá. É um privilégio”, afirmou Mourinho, em tom de desprezo.
Para o comandante do Chelsea, a comissão da FA tem atribuído direitos desiguais aos treinadores. “Se eu fizer algum comentário sobre a liberação do Gabriel Paulista (jogador do Arsenal expulso no clássico contra o Chelsea), serei suspenso. Não quero entrar nesse tema e tudo o que cerca essa situação. Quero estar no banco no próximo jogo”, apontou.
“Eu não vou comentar por um motivo: alguns técnicos podem falar sobre o árbitro antes e depois do jogo. Outros não podem. Eu estou na segunda lista. É uma lista imaginária, mas bem clara”, ironizou o português, por fim.