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Itália

Audiência do "Calciopoli" é adiada por ausência de Ancelotti

20 abr 2010 - 06h54
(atualizado às 09h27)
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A audiência do julgamento do caso chamado "Calciopoli", sistema de corrupção no futebol italiano descoberto há três anos, que aconteceria nesta terça-feira, teve que ser adiada devido à ausência do ex-treinador de Milan e Juventus, Carlo Ancelotti, que não pôde viajar por culpa do caos aéreo europeu.

O atual treinador do Chelsea não conseguiu chegar a Nápoles, onde está sendo realizado o processo, devido ao fechamento dos aeroportos de Londres pela nuvem de cinza provocada pela erupção de um vulcão na Islândia. Os juízes do Tribunal napolitano que analisa o caso fixaram para o próximo dia 27 a nova audiência, na qual serão ouvidos Ancelotti e o inspetor.

Também não chegaram à audiência outras testemunhas previstas para depor nesta terça-feira, como o inspetor de Polícia Claudio Salvagno, que se encarregou de recolher as escutas telefônicas.

Durante a audiência desta terça, os juízes aceitaram a admissão de 75 novas escutas telefônicas que supostamente colocariam clubes como Inter e Roma, que não tinham sido acusados anteriormente, na rede de corrupção do futebol italiano.

Os advogados do ex-dirigente da Juventus e principal acusado, Luciano Moggi, formalizaram o pedido aos juízes para que fossem incluídas as novas escutas. O objetivo é provar que o dirigente juventino não era o responsável pelo sistema de corrupção, mas "todos jantavam e se reuniam com os mentores da trama, e todas as equipes pediam para escolher os árbitros".

Entre as novas provas está incluída a conversa telefônica entre um dos responsáveis pela escolha dos árbitros, Paolo Bergamo, e o dirigente do Inter Giacinto Fachetti, já falecido. Além de conversas entre o diretor esportivo da Roma em 2005, Daniele Pradè, e o ex-vice-presidente da Federação de Futebol, Innoccenzo Mazzini, assim como uma discussão entre os responsáveis pela escalação dos árbitros, na qual se fala sobre a súmula de um árbitro que teve que ser modificada para evitar uma dura sanção ao meia Francesco Totti, estrela da Roma.

As consequências esportivas da rede de corrupção foram pesadas. A Juventus perdeu os títulos que tinha conquistado em 2005 e 2006. O primeiro ficou vago, último foi repassado à Inter. Além disso, o time de Turim foi rebaixado para a Série B.

O caso "Calciopoli" causou também sanções contra outros clubes, entre eles Milan, Lazio e Fiorentina, além de dirigentes e árbitros.

Maicon seu gol, o primeiro da Inter de Milão na vitória por 2 a 0 sobre a Juventus
Maicon seu gol, o primeiro da Inter de Milão na vitória por 2 a 0 sobre a Juventus
Foto: AFP
EFE   
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