Lucas Lima consulta Robinho por Europa; Cruzeiro não desiste
O meia Lucas Lima já não esconde mais o desejo de se transferir para o futebol europeu no segundo semestre. O camisa 20 santista faz internamente consultas informais aos atacantes Robinho e Ricardo Oliveira, que acumulam longas passagens internacionais nas carreiras. O Cruzeiro, no entanto, segue a sombra e ainda deseja contar com jogador para substituir Éverton Ribeiro, negociado no início do ano.
"Tenho me preparado a cada jogo e treino ao estilo europeu. Estou conversando com o Ricardo e com o Robinho, é um sonho que eu tenho. Creio que na hora certa vai acontecer. Não tenho pressa para sair. Se tivesse, já teria saído. Estou muito feliz aqui e tenho o sonho de chegar a Seleção", disse o jogador.
Lucas virou o principal sonho cruzeirense e é visto nos bastidores do Santos como a grande futura fonte de receita do clube, que passa por graves problemas financeiros.
Além do interesse do Cruzeiro, o Santos recusou duas propostas pelo jogador: uma da China e outra do Torino, da Itália. O Porto, de Portugal, já consultou a Doyen Sports, detentora de grande fatia de seus direitos econômicos, e surge como um dos principais interessados.
O Terra apurou que, há duas semanas, o presidente Modesto Roma Júnior se reuniu com o empresário Luiz Taveira e o gerente de futebol cruzeirense, Valdir Barbosa, para tratar de uma possível saída. Os mineiros incluíram o agente André Cury nas negociações, que encabeçou as transferências de Mena e De Arrascaeta, e que tratou recentemente com o Santos da renovação contratual do lateral esquerdo Caju.
O acordo entre estafe do meio-campista e a diretoria, por enquanto, é que uma possível saída só seja retomada após o término do Campeonato Paulista. O jogador foi o destaque na vitória por 3 a 0 diante do XV de Piracicaba, no último domingo, que assegurou a classificação da equipe à semifinal da competição.
Mesmo no ápice da crise financeira, o clube acertou no fim de dezembro, junto ao Internacional, a compra de 10% dos direitos econômicos. Os outros 10% percentem à Khodor Soccer, empresa do agente do atleta. Esse é mais um dos sinais da aposta por uma venda futura. O Santos tem direito 20% dos 80 que o fundo maltês Doyen detém sobre o atleta em uma espécie de "taxa de vitrine".
Para convencê-lo a ficar, o clube lhe deu um reajuste de 100% de seu salário, que passou de R$ 75 mil para R$ 150 mil.