Torcida do Milan ataca cartolas e diz que Kaká foi obrigado a sair

9 jun 2009 - 09h31

Os torcedores do Milan culpam, em fóruns via internet, o dono do clube e primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, e o dirigente Adriano Galliani pela venda do meia Kaká ao Real Madrid, enquanto demonstram apoio ao jogador, ressaltando que ele foi "obrigado a ir embora". As informações são da agência Ansa.

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O principal alvo de críticas é Galliani, que, segundo um dos frequentadores dos portais de debate, "fala de facilidade e agilidade do futebol espanhol, mas gasta quatro milhões de euros por ano com Dida, sem contar as contratações insensatas de Shevchenko e Ronaldinho".

"Vendemos os melhores homens, como se fossemos um time pequeno", ressalta outro torcedor em um dos fóruns. A transferência de Kaká ao Real Madrid foi oficializada segunda-feira, depois que o jogador foi aprovado nos exames feitos pelo médico do clube espanhol.

Na internet, portanto, a decepção é grande e muitos pedem que Berlusconi venda o clube aos milionários árabes, enquanto outros anunciam que deixarão de comprar os pacotes de ingressos que o Milan vende por assinatura.

Muitos também se perguntam sobre qual será o futuro do Milan. "Na Itália, os clubes faturam menos também porque não têm estádio. Mas quais são as propostas dos dirigentes para compensar essa diferença em relação aos outros clubes do futebol internacional?", questiona um internauta.

Por enquanto, os protestos são feitos pelos torcedores individualmente, mas, na noite de terça, a cúpula da Curva Sud Milano, torcida organizada do time, se reunirá para decidir como e quando protestar contra os cartolas. A torcida organizada já promoveu manifestações nos últimos dias e deve voltar mostrar seu descontentamento com a transferência de Kaká.

Para fechar contrato com o brasileiro, estima-se que o Real Madrid desembolsou 65 milhões de euros (cerca de R$ 177 milhões). Trata-se da segunda maior contratação da história do futebol, ficando atrás somente da transferência de Zidane da Juventus ao mesmo Real Madrid, em 2001, por 76 milhões de euros (cerca de R$ 208 milhões).