Mourinho admite retranca, mas diz que foi circunstancial
Embora o Chelsea tenha se desdobrado para segurar o empate sem gols com o Atlético de Madrid nesta terça-feira, no Estádio Vicente Calderón, o técnico da equipe inglesa, José Mourinho, garantiu que não mandou o time a campo pensando no empate e que a retranca da para final do duelo foi circunstancial.
"Nenhum treinador entra em um jogo com a ideia de empatar em 0 a 0, mas depois o jogo segue uma direção e em um determinado momento se vê que é melhor não sofrer gols e tentar marcar um em uma ou outra ocasião. Tivemos chances e poderíamos ter levado um resultado fantástico, mas não conseguimos e agora a definição acontecerá em Stamford Bridge. Tentaremos de tudo, apesar das baixas", analisou o treinador português.
Mourinho perdeu o goleiro Petr Cech ainda no primeiro tempo devido a uma lesão no ombro. Na etapa final, também machucado, o zagueiro John Terry teve que ser substituído. Além disso, o volante Obi Mikel e o meia Frank Lampard terão que cumprir suspensão.
"Tivemos problemas, perdemos quatro jogadores, dois lesionados e dois por cartões, mas lutaremos na volta. Se antes desta eliminatória tínhamos dito que esta era a de toda uma vida, agora jogaremos o jogo de toda uma vida em Stamford Bridge", destacou.
Durante a entrevista coletiva, o técnico confirmou que Cech está fora do restante da temporada, enquanto John Terry só voltará caso o time londrino se classifique para a final.
Mourinho ainda fez duras críticas à Federação Inglesa de Futebol (FA) por marcar o jogo entre Chelsea e Liverpool, confronto decisivo pela 36ª rodada do Campeonato Inglês, para o próximo domingo. O treinador disse que, se depender dele, a equipe londrina priorizará a Liga dos Campeões e enfrentará o clube do norte da Inglaterra com time misto.
"Eu tenho claro o que faria, mas não posso decidir sozinho. É preciso escutar o clube. Somos o único representante inglês em competições europeias e jogaria contra o Liverpool com aqueles jogadores que não serão escalados na quarta-feira, mas sou o treinador e trabalho para o clube. Devo escutar a decisão do clube", ponderou.