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Liga Europa

Dnipro paga vinda de torcedores e quer alegrar Ucrânia

Jogadores do clube ucraniano admitiram ter ajudado a vinda de torcida à Polônia para final da Liga Europa

26 mai 2015 - 14h11
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Levar alegria ao povo ucraniano é um dos objetivos dos jogadores do Dnipro Dnipropetrovsk na final da Liga Europa. Ruslan Rotan, capitão da equipe, e Valeriy Fedorchuk concederam entrevista coletiva nesta terça-feira no Stadion Narowy, em Varsóvia, e apontaram o título como uma forma de alívio aos problemas sociais que vivem os habitantes do seu país, cujo leste está em guerra com a Rússia.

Rotan e Fedorchuck concederam entrevista coletiva nesta terça-feira
Rotan e Fedorchuck concederam entrevista coletiva nesta terça-feira
Foto: Getty Images

O Dnipro, assim como outros clubes ucranianos, não tem jogado em casa nesta temporada por causa dos conflitos no país. Por isso, em todas as partidas que tinha mando de campo nesta temporada na Liga Europa, atuou na capital Kiev, longe da guerra e também do seu torcedor.

Futebol e política não se dão bem na minha opinião. Futebol é um feriado para as pessoas. O mais importante é o troféu para o povo. Existe uma guerra no leste, as pessoas estão sem alegria, então talvez daremos alguma à população”, declarou Rotan.

Fedorchuk endossou o que seu companheiro afirmou e disse que eles representarão a Ucrânia diante do Sevilla nesta quarta-feira, em resposta a um questionamento se eles poderiam defender a invasora Rússia.

Capitão do Dnipro respondeu questionamentos sobre conflitos no país
Capitão do Dnipro respondeu questionamentos sobre conflitos no país
Foto: Getty Images

Os jogadores do Dnipro demonstraram solidariedade com o público do seu país, que tem sofrido com problemas econômicos decorrentes dos conflitos. Além das barreiras econômicas – viagem e ingressos –, a torcida teve que ir atrás de um visto para cruzar a fronteira com a vizinha Polônia e assistir a inédita decisão na história do clube.

“Do ponto de vista econômico, nem todos os torcedores podem chegar em um jogo tão histórico do Dnipro. Nosso time ajudou algumas pessoas, demos presentes para garantir que eles chegassem aqui, mas é claro que não podemos ajudar todo mundo”, comentou Rotan, que depois elaborou: “Ajudamos financeiramente, pagamos alguns ingressos, o transporte de alguns. Tudo o que pudemos fazer, fizemos. Dentro de uma maneira normal, porque claramente temos nossos problemas”.

Fedorchuck foi mais discreto na entrevista
Fedorchuck foi mais discreto na entrevista
Foto: Getty Images

As dificuldades da torcida refletiram em problemas para o Dnipro, que teve que atuar muitas vezes em campo neutro pela falta de público em Kiev. Os problemas ao longo da temporada foram analisados pelo técnico Myron Markevych, que comemorou a aparição em massa do público na semifinal contra o Napoli: um recorde de 62 mil.

“Não é fácil jogar longe de casa. Temos viajado muito, inicialmente foi bem difícil. Poucos torcedores estavam vindo, estávamos jogando em estádios grandes. Isso estava nos suprimindo. Na semifinal contra o Napoli um número recorde de torcedores apareceu. Aquilo foi muito bem recebido pelos jogadores e para mim, como treinador foi melhor”, declarou.

O trio espera aproveitar essa onda de empolgação para levantar a taça nesta quarta-feira. O Terra transmite ao vivo a decisão entre Dnipro e Sevilla às 15h45 (de Brasília).

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Fonte: Terra
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