Rabugento, português da Grécia critica jornalista e celebra empate
- Dassler Marques
- Direto de Varsóvia (Polônia)
Um dos únicos três treinadores estrangeiros da Eurocopa 2012, o português Fernando Santos, comandante da Grécia, chama a atenção pelo estilo ríspido e, de certa maneira, bastante rabugento. Após o empate diante da Polônia, nesta sexta-feira em Varsóvia, o técnico reagiu de maneira irônica e pouco agressiva ao ser questionado por um jornalista inglês se o meia Karagounis, capitão do time, já havia cobrado outras penalidades importantes. Remanescente de 2004, o jogador perdeu o lance que daria a vitória aos gregos.
» Veja em 3D: os gols de Polônia e Grécia
» Top 10 Euro: veja 10 jovens que podem causar impacto
» Top 10 da Euro: veja os craques que podem definir o título
"Karagounis fez o pênalti no jogo decisivo contra Israel (em outubro de 2010, pelas Eliminatórias, com vitória por 2 a 1). É um jogador decisivo. Se você não sabe disso, deveria ter visto", respondeu de forma dura. Em seguida, Fernando Santos se dirigiu aos organizadores da entrevista e exigiu que os jornalistas se identificassem, inclusive com o veículo de comunicação e o país, antes de realizar a pergunta. A ação gerou certo constrangimento.
Já o meia Karagounis, bastante experimentado e com passagens por Inter de Milão e Benfica, lamentou o gol desperdiçado diante do goleiro reserva polonês Tyton. "Quando se perde um pênalti, naturalmente você se sente mal. Mas mostramos caráter no jogo, empatamos quando perdíamos e poderíamos ter ganhado, mas perdi o pênalti. Isso só nos dá mais forças para o próximo jogo. Pensamos sempre a cada partida", resumiu.
O treinador Fernando Santos, apesar do pênalti perdido e até de um gol anulado de sua equipe, mostrou satisfação pelo empate na abertura. E mais uma vez se mostrou desconcertado com perguntas que sugeriram uma Grécia muito defensiva. "Nossa estratégia era ganhar. Acho que há uma confusão aí. Não havia outra estratégia senão ganhar e jogar ofensivamente. Mas em 25 minutos, não controlamos as dificuldades que a Polônia nos colocou. Mas atacávamos quando tínhamos a posse de bola", argumentou. O plano do treinador, porém, não funcionou na etapa inicial. E ele admitiu isso.
"Entramos mal no jogo, sem explicação. Sabíamos que a Polônia ia entrar de forma a nos pressionar pelo seu público e estávamos preparados para isso, mas tínhamos uma estratégia montada para não deixar o adversário nos pressionar. Não fizemos isso bem e sofremos o gol, inclusive, em um dos fatores fortes que era a transição rápida para o ataque", explicou. "A partir dos 25min, a equipe grega conseguiu controlar melhor o jogo, dominou e chegou com perigo até a área da Polônia".
A Grécia deve ter jogo crucial para suas possibilidades na Eurocopa, terça-feira, diante da República Checa. O jogo ocorre no Estádio Municipal de Wroclaw, na Polônia.
-1ji798gzkd6ia.jpg)
-1iusrbqh8b49t.jpg)
-todfa726y0j7.jpg)
