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Futebol Internacional

Rússia vira trampolim para Zico na Europa

13 abr 2009 - 18h17
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Zico assumiu o CSKA Moscou no início do ano e tem um objetivo claro: pela primeira vez, levar o clube russo mais rico da atualidade às fases agudas da Copa dos Campeões. É por ter conseguido isso com o Fenerbahce que foi contratado. Repetir a façanha significaria entrar de vez no bolo dos treinadores que aspiram os grandes europeus.

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Em pouco tempo de clube, mostra já estar aclimatado às peculiaridades do futebol local. Sabe que São Petersburgo tem rivalidade com Moscou e é lembrada por constantes manifestações racistas de torcedores e até do próprio Zenit.

Já foi avisado que o clássico mais acirrado, porém, é o Spartak Moscou. "É como Fenerbahce e Galatasaray, Corinthians e Palmeiras", brinca. Questionado sobre os comentários de que se ¿lava dinheiro¿ por lá, ele se esquiva bem. "O importante é tua mente não estar suja, você pagar os impostos. Temos que ter honestidade e cabe às autoridades fiscalizarem".

O jovem meia Dzagoev, de 18 anos e inscrito para essa temporada com a camisa 10, é apontado pela imprensa européia como um dos grandes nomes para o futuro. Zico também já fala com desenvoltura sobre aquele que pode ser seu próximo craque. "Tem muito talento, já é reserva da seleção russa. Não sei se a volta do Daniel Carvalho afetou ele, mas o fato é que caiu um pouco de rendimento. Mas agora vai voltar a jogar e levamos fé que mantenha a regularidade, porque se entende muito bem com o Vágner", explica.

Vágner Love e Daniel Carvalho, aliás, são dois que estão animados com o treinador. Enquanto o atacante teve boa participação na Copa da Uefa e briga para voltar a atrair a atenção de Dunga, Daniel retornou para a Rússia depois de um segundo semestre bastante ruim no Internacional. Se diz, inclusive, bastante esperançoso.

"Está sendo uma novidade ótima. O Zico viveu o futebol em campo e sabe muito. Pode passar a experiência dele para nós e, tanto ele como o Edu (Coimbra, irmão) têm sido muito atenciosos e querem ajudar, colaborar com a gente", fala.

Zico, que ainda tem os brasileiros Ramón (ex-Atlético) e Ricardo Jesus (ex-Inter) no elenco, tem outro trunfo para se adaptar bem a mais outro país de idioma "estranho". Tanto no Japão quanto na Turquia, encontrou tradutores com os quais construiu uma grande relação, o que se tornou até mesmo público. Se Luxemburgo e Felipão tiveram problemas de comunicação em Real Madrid e Chelsea, respectivamente, Zico pode se sair bem.

"O tradutor é importante na hora de uma preleção, de um papo com o jogador. É importante você ter uma tradução de acordo com o que está passando e tive boas experiências assim no Japão e na Turquia", explica, citando Max como o seu novo braço direito.

A possibilidade de fazer um bom trabalho na Rússia tornaria Zico um precursor entre os treinadores brasileiros no Leste Europeu, um território ainda inóspito nesse sentido. A julgar pelo retrospecto do Galinho de Quintino em suas outras experiências do tipo, há sinais de que uma nova boa história será construída nos próximos meses.

Fonte: Redação Terra
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