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Campeonato Russo

Técnico do Zenit critica "estupidez" da torcida contra negros e gays

18 dez 2012 - 15h42
(atualizado às 17h17)
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O conflito entre Zenit e parte de sua torcida segue vivo na Rússia. Nesta terça-feira foi a vez de o treinador do time, o italiano Luciano Spalletti, condenar o manifesto feito por membros da organizada Landskrona. Eles pediram que o clube não tenha jogadores negros e nem homossexuais em seu elenco. O técnico seguiu a linha de pensamento do clube e disse que a ação da torcida foi uma "estupidez".

Luciano Spalletti prometeu ajudar o clube no combate à xenofobia e ao racismo
Luciano Spalletti prometeu ajudar o clube no combate à xenofobia e ao racismo
Foto: Getty Images

Spalletti foi questionado sobre qual seria sua definição de "tolerância", em entrevista divulgada no site do Zenit: "para mim é acima de tudo a capacidade de compreender e aceitar as diferenças. Além disso, ser tolerante significa que você luta contra qualquer tipo de estupidez", definiu o italiano, que ainda prometeu apoiar iniciativas locais para combater a xenofobia e o racismo. 

O Zenit tem lutado para deixar claro que o manifesto da torcida organizada nada tem a ver com o pensamento do clube: "acho que o Zenit tem provado através do seu trabalho que o clube entende o que é tolerância. A equipe reuniu jogadores de diferentes países e grupos étnicos que trabalham em conjunto para alcançar um objetivo comum, e funciona bem", afirmou ele, que recentemente passou a contar com três jogadores negros no elenco: o brasileiro Hulk, o belga Witsel e o português Bruno Alves.

O manifesto da Landskrona foi divulgado nesta segunda-feira: "não somos racistas, porém, para nós a ausência de jogadores negros no Zenit é uma importante tradição, que reforça a identidade do clube. Somos contra também à presença de jogadores pertencentes às minorias sexuais", diz trecho do comunicado, que ainda completa: "não temos nada contra a população destes continentes, porém queremos que pelo Zenit atuem somente jogadores com afinidade da nossa mentalidade".

Rapidamente o próprio clube tratou de condenar o ato: "os jogadores não são escalados em nosso time com base em sua procedência étnica ou cor da pele, mas por suas qualidades e conquistas esportivas. A política do Zenit está dirigida para o desenvolvimento da integração dentro do esporte e combate posturas arcaicas", manifestou o clube, que está atualmente em terceiro lugar no Campeonato Russo.

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Fonte: Terra
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