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Com medo, ex-Fifa promete contar tudo e ameaça até Blatter

4 jun 2015 - 13h41
(atualizado às 14h15)
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O ex-vice-presidente da Fifa Jack Warner afirmou, em entrevista a um canal de televisão de Trinidad e Tobago, estar disposto a revelar tudo o que sabe sobre casos de corrupção envolvendo a Fifa, inclusive sobre o presidente Joseph Blatter. Por isso, ele teme pela vida.

O parlamentar e ex-mandatário da Concacaf, que teve ordem de prisão emitida pela Interpol, disse nesta quarta-feira à noite que existem vínculos entre a federação internacional de futebol e as eleições gerais do país caribenho.

A primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad Bissessar, já se apressou nesta quinta-feira, no entanto, a dizer que não recebeu qualquer quantia de Warner para sua campanha no pleito de cinco anos atrás.

Blatter anuncia renúncia e marca novas eleições na Fifa:

Warner, que está na lista de 14 indiciados pela justiça americana por envolvimento em esquema de subornos e propinas, na venda de direitos de televisão de competições internacionais, disse que se seus advogados têm documentos que vinculam a Fifa a seu financiamento de campanha.

O ex-dirigente, que foi banido do futebol em 2011, falou também de "transações que incluem o presidente da Fifa, Joseph Blatter", que anunciou nesta quinta-feira a convocação de novas eleições para os próximos meses, quando entregará o cargo.

"Não terei segredos sobre os que buscam, ativamente, destruir o país", disse Warner, que falou em "avalanche" de revelações.

Jack Warner diz que não vai poupar ninguém
Jack Warner diz que não vai poupar ninguém
Foto: Andrea de Silva / Reuters

Warner, que inicialmente negou envolvimento em esquema de corrupção, se apresentou voluntariamente às autoridades de Trinidad e Tobago na semana passada, ficou 24 detido e foi liberado após pagar fiança de US$ 400 mil (R$ 1,4 milhão).

"Temo real e razoavelmente pela minha vida", disse o ex-presidente da Concacaf.

Segundo Warner, de 72 anos, ele está pronto para qualquer tipo de atentado ou outro tipo de ação, tendo entregue documentos, incluindo "cheques e testemunhos" para advogados.

 

Foto: AFP
EFE   
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