"Joguei intimidado o primeiro tempo", reclama Neymar
16 jun2011 - 00h47
(atualizado às 01h22)
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Dassler Marques
Direto de Montevidéu (Uruguai)
O resultado de empate por 0 a 0 diante do Peñarol, em Montevidéu, pela primeira partida final da Copa Libertadores, animou o Santos na noite desta quarta-feira. Contudo, o atacante Neymar, principal atleta do time alvinegro, não deixou o Estádio Centenário satisfeito. O principal alvo das reclamações do jogador foi o árbitro paraguaio Carlos Amarilla, que, de acordo com o camisa 11, o "intimidou" durante o primeiro tempo do duelo.
"Joguei intimidado o primeiro tempo, é horroroso um cara ficar falando: 'vou te botar para fora'. Pô, ele falou isso três vezes, é ruim, para mim é muito ruim. Eu não podia dividir uma bola, marcar, estava pressionado por causa do amarelo, ainda mais depois de que ele falou que ia me expulsar por três vezes. É ruim jogar com um árbitro te ameaçando", afirmou Neymar.
Principal alvo da marcação uruguaia, o camisa 11 santista sofreu com a arbitragem de Carlos Amarilla logo na primeira etapa, quando recebeu um cartão amarelo por simulação. A partir de então, o árbitro, segundo Neymar, o ameaçou até o término do tempo inicial de confronto, o que mudou seu comportamento em campo.
"Foi a questão do amarelo que me deixou tenso. O Muricy (Ramalho) ficou com medo, eu fiquei com medo, o time inteiro ficou com medo. Pensei comigo mesmo que precisava me poupar, já que temos o segundo jogo ainda no Pacaembu", disse Neymar.
A tensão adquirida e vivida durante o primeiro jogo, no entanto, terminou na própria zona mista. Satisfeito com o resultado, Neymar assegura que a atuação do árbitro escalado para o segundo duelo será diferente, em virtude de o confronto ser realizado no Estádio do Pacaembu, a casa do Santos na final da Libertadores.
"A gente vai jogar em casa. Em casa será diferente", aposta Neymar, antes de prometer. "Vamos contar com o apoio do nosso torcedor, e iremos atacar a todo momento", concluiu o camisa 11.
Finlandês, o turista Miko, de férias no Uruguai, engrossa a torcida santista na noite desta quarta-feira, no Estádio Centenário, em Montevidéu. Apaixonado por futebol, ele se juntou a torcedores do Santos, comprou um ingresso e vai à decisão da Libertadores contra o Peñarol. Anderson (agachado), Marcos (centro) e Robson se uniram a ele
Foto: Dassler Marques / Terra
Santistas fazem a festa em espaço destinado do Centenário; torcedores tiveram que enfrentar caos aéreo por conta das cinzas do vulcão Puyehue, mas conseguiram chegar a Montevidéu
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Dezenas de ambulantes vendem produtos do Peñarol na porta do estádio. Por cerca de R$ 20 é possível comprar um gorro para se aquecer, já que o frio é de aproximadamente 10 graus
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Este grupo de santistas chegou ao Estádio Centenário em uma van com um total de 14 torcedores. Seu Ítalo (de bigode) comandou a excursão que chegou ao Uruguai em avião
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Clima para a partida é de grande ansiedade: são sete títulos de Libertadores em campo
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Patrocinador da Libertadores escalou o time do Peñarol com placas, respeitando até o posicionamento tático dos jogadores
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Linha ofensiva: Corujo pela meia direita, Mier pela esquerda e Martinuccio e Olivera no comando do ataque
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Torcedores do Peñarol agitam em torno da Torre símbolo do Estádio Centenário
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A poucas horas do início da partida, torcedores do Santos já transitam em bom número nos arredores do Centenário. Cerca de 2,4 mil ingressos foram destinados pelo Peñarol para os santistas
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Já dentro do estádio, santistas se perfilam na espera pelo início do jogo
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Transmissão de Peñarol x Santos faz com que diversas televisões montem seus caminhões na porta do Centenário
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Em 2010, Centenário recebeu pintura nova por conta de seu aniversário de 80 anos
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Peñarol retorna à final da Libertadores pela primeira vez desde seu título em 1987
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Para dar um jeito na fome, na porta do estádio são vendidos petiscos como amendoim, nozes, amêndoas e castanhas de caju
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Conhecido como El Niño, este torcedor exibe uma série de ingressos importantes na história do Peñarol. Segundo ele, possui inclusive um da final de 1962, em que o Santos bateu a equipe uruguaia
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Em 1960, com gol de Spencer, Uruguai venceu o Olímpia na final da Libertadores. El Niño também tem este ingresso