Jornal: chefe de arbitragem perdeu cargo por denunciar manipulação
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a saída de Aristeu Tavares da presidência da comissão de arbitragem da CBF teve motivações políticas e aconteceu porque o ex-bandeirinha afirmou publicamente que denunciou à cúpula da entidade suspeitas de manipulação de resultados em torneios oficiais do Brasil. Segundo dois dirigentes ouvidos pelo jornal, o presidente da CBF, José Maria Marin, se irritou com uma entrevista de Tavares ao jornal O Popular, de Goiânia, em que ele disse ter alertado a confederação sobre árbitros "sob suspeita" que continuavam apitando partidas normalmente. "Ele jogou uma ogiva na minha mesa", teria dito Marin a pessoas próximas.
Aristeu foi demovido da presidência da comissão de arbitragem para o cargo de diretor-adjunto da Escola Nacional de Arbitragem, também ligada à CBF. Uma fonte declarou ao Estado que, nos seis meses em que presidiu a arbitragem brasileira, Aristeu não atendeu a pedidos "vindos de cima" para que determinados times recebessem "atenção especial" dos juízes em partidas no Brasil. O esquema seria uma extensão da rede de manipulação de resultados centralizada na Europa. A assessoria da CBF respondeu dizendo que Aristeu não foi demitido, e que não há denúncia sobre manipulação de jogos no Brasil.