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Júlio César prioriza entrosamento na Copa das Confederações

21 mai 2013 - 15h10
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Favorito a assumir a meta titular brasileira na Copa das Confederações, Júlio César garante que a Seleção entrará em campo para vencer a competição. Apesar disso, o goleiro considera difícil a equipe do técnico Felipão apresentar o seu melhor futebol e culpa o fato do Brasil ser o país-sede da Copa do Mundo pela falta de entrosamento.

"Não jogar as eliminatórias acaba com o planejamento de qualquer comissão técnica, qualquer jogador. Isso é muito ruim. Você pode juntar os 11 melhores do mundo, um em cada posição. Se eles se encontrarem de quatro em quatro meses para realizar alguns treinos, não vão formar o melhor time. Futebol é coletivo. Por isso vai ser tão importante esse tempo juntos na Copa das Confederações", analisa Júlio, em entrevista ao canal Fox Sports.Por conta disso, o experiente goleiro acredita que a Seleção não deve priorizar apenas o título da competição. Para ele, é importante também pensar no entrosamento ideal para a Copa do Mundo de 2014 e utilizar o tempo juntos para aprimorá-lo.

"Acho que a equipe Brasileira entra em qualquer competição para ganhar, isso é normal. O brasileiro quer esse título e nós jogadores também. Vamos entrar em campo para isso, mas claro que a prioridade é a Copa do Mundo. Digo, se o Brasil ganhar a Copa das Confederações e perder a Copa do Mundo a cobrança vai ser enorme, assim como em 2010. Mas não podemos pensar assim", afirma.

Antes da Copa do Mundo de 2010, Júlio César e o grupo do técnico Dunga conquistaram todos os títulos possíveis. No mundial, no entanto, uma falha do goleiro em lance com o volante Felipe Melo abriram caminho para a derrota diante da Holanda que custou a eliminação nas quartas de final.Apontado como um dos culpados pela queda, Júlio César teve algumas chances no início da era Mano Menezes, mas acabou preterido pelo treinador. Sob o comando de Felipão, no entanto, o goleiro foi novamente lembrado por sua experiência e é presença garantida na meta brasileira, motivado pelo sentimento de recuperação após a decepção de três anos atrás.

"A derrota pra Holanda ainda incomoda. Mas eu uso uma frase bem simples: às vezes a vida vai te botar de joelhos, mas você só fica de joelhos se você quiser. É nas adversidades que a gente vê quem nós somos. É muito fácil viver só com coisas boas, críticas boas. Naquele momento eu me tornei uma pessoa mais forte, mais madura. Demorou pra eu me levantar, porque a Copa do Mundo mexe com as pessoas. Estou mais maduro, mais experiente, apesar de ainda me incomodar. Não vejo a hora de chegar a Copa do Mundo para mostrar isso", conclui.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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