Juventus e Liverpool homenageiam vítimas da tragédia de 1985
No dia 25 de maio de 1985, o Estádio de Heysel, na Bélgica (hoje chamado de Rei Balduíno), foi palco de uma das maiores tragédias do futebol. Durante a final da Liga dos Campeões, entre a Juventus de Turim e o Liverpool, 39 pessoas morreram e centenas se feriram em um confronto entre torcidas.
Neste mês, ambos os times e a cidade de Bruxelas realizam uma série de homenagens às vítimas, que tinha em sua maioria italianos. Segundo o jornal Gazzetta dello Sport, o clube de Turim fará um novo espaço dedicado à memória daquele dia em seu campo.
Alguns jogadores e o recém eleito presidente recordaram os fatos daquele dia, e reforçaram a necessidade de mudanças para que a situação não se repita.
Em Liverpool, a cerimônia contou com a presença de familiares, jogadores e das autoridades locais, e o sino da principal igreja da cidade soou 39 baladas em homenagem a cada morto. Em Bruxelas, também será realizada uma cerimônia, dentro do estádio, onde há um memorial.
A tragédia provocou uma série de mudanças de postura das autoridades, principalmente da Uefa, em relação à segurança dos estádios. Havia, na ocasião, falta de controle na venda de ingressos e poucos policiais, e nenhuma divisão entre torcidas.
O confronto entre fãs do Liverpool e Juventus fez com que os italianos fossem encurralados próximos aos alambrados e consequentemente esmagados. Dentre as vítimas que morreram sufocadas, havia mulheres e uma criança de 10 anos.
Na época, a violência dentro dos campos de futebol estava no auge, com forte ação dos hooligans (torcedores ingleses).
Por ordem da entidade do futebol europeu, a partida foi retomada, e terminou 1 a 0 para a Juventus, que não comemorou o título.
Além dos vândalos, 14 jogadores do Liverpool se envolveram na briga e foram condenados a três anos de prisão.