LANCE!Net analisa prós e contras de Inter contratar Adriano Imperador
Dunga quer, apoiado por Paulo Paixão. O nome circula forte entre os movimentos políticos e pessoas próximas ao presidente Giovanni Luigi. A direção reluta e quer exames clínicos e físicos minuciosos para avançar na negociação com Adriano Imperador. O clube gaúcho irá mandar um profissional nesta semana ao Rio de Janeiro para avaliar o centroavante. O LANCE!Net lista as vantagens que o clube pode ter e as desconfianças com o jogador, que não atua desde março de 2012.
As informações não são confirmadas pelo Internacional, que adota muita cautela para tratar do assunto Adriano. Diretivos evitam comentar o nome especificamente do Imperador, pelo impacto que tal jogador tem no cenário nacional. Segundo uma fonte que está envolvida nas negociações, Adriano quer retomar o cartaz no Brasil. Inclusive, o momento do futebol do país é uma das motivações. O Imperador não está feliz "sentado no sofá, vendo a Copa das Confederações pela TV". Em termos de negócio, a fonte revelou que tudo está adiantado. O único porém é a restrição do clube gaúcho com a recuperação do jogador, dúvida que será tirada, tanto negativamente quanto positivamente, nesta semana.
Um grupo de empresários fez uma oferta ao Internacional. Contrato com salário baixo, ganhos por produtividade e rescisão imediata em caso de problemas extracampo. O Inter está buscando de forma incessante um substituto para Leandro Damião, mesmo que não haja ainda proposta oficial pelo camisa 9. Adriano seria uma opção barata. O clube, porém, quer se certificiar das condições físicas do centroavante, por conta da cirurgia no tendão-de-aquiles do pé esquerdo.
SOBE
A QUALIDADE TÉCNICA
Ninguém pode duvidar da quali-dade de Adriano. Em 2009, mesmo fora do peso, ele foi decisivo para o Flamengo ser campeão brasileiro.
UM JOGADOR DECISIVO
Copa das Confederações de 2005, Copa América de 2007, Brasileirão de 2009... Adriano não some quando precisa resolver. E ele resolve
O FATOR DUNGA/PAIXÃO
Técnico e preparador físico do Inter, respectivamente, eles trabalharam com Adriano na Seleção e sabem como lidar com o atacante.
DESCE
A VOLTA DO IMPERADOR?
Adriano brilhou pela última vez em 2009. Sem atuar desde março de 2012, ele teria condições de, aos 31 anos, voltar a ser o Imperador?
BEM PSICOLOGICAMENTE?
Além de bem fisicamente, Adriano necessita estar bem com ele mesmo. O fato de a sua noiva estar grávida ajuda. Seu momento é bom.
LONGE DO RIO DE JANEIRO
A distância para o Rio de Janeiro seria boa para evitar que ele caísse em tentações, mas a distância para os locais do seu gosto poderia atrapalhar.
COM A PALAVRA
Marcelo Braga
Setorista do Corinthians que acompanhou Adriano no clube
Atitude de risco do Colorado
O Adriano não consegue. Essa é a frase que, hoje, mais de um ano depois da demissão do Imperador do Corinthians, mais se ouve nos bastidores do CT Dr. Joaquim Grava. Frase dita com um ar de tristeza, de desapontamento, mas também com a certeza de que tudo o que se podia fazer foi feito para ajudá-lo.
A passagem de Adriano no Timão foi pífia. Aposta de risco, ganhou a camisa 10 do Alvinegro, mas quase não a usou. Por um ano, entrou em campo apenas oito vezes - sete jogos oficiais e um amistoso contra o Flamengo.
Gols foram dois. O primeiro salvador, em vitória por 2 a 1 contra o Atlético-MG que ajudou o Timão a seguir na briga pelo título brasileiro, que se confirmaria. O segundo contra o Botafogo de Ribeirão Preto, no Paulistão, sem brilho.
Adriano recebeu cerca de R$ 4,8 milhões só em salários. O valor mensal era de R$ 380 mil. Muito para alguém que "não consegue."
O Corinthians o blindou. Suas faltas às sessões de fisioterapia quase não vazavam. E foram muitas. O clube tentou dar a ele um ambiente agradável, mas as metas não eram cumpridas. Até "internado" no CT por alguns dias ele ficou, com o objetivo de perder peso e não "quebrar tudo" nas baladas. O Timão tentou.
Tite, por seus princípios, não deu privilégios ao jogador. Disse que só o escalaria quando estivesse em plenas condições físicas, por isso fez poucas vezes. O objetivo era mostrar ao elenco que ninguém é mais importante que o outro. Nem um Imperador.
A atitude irritava Adriano, que repetiu a rotina de atrasos e até faltas. Durante a Libertadores de 2012, aquela que o Timão foi campeão, o atacante virou um problema. Um pepino. Até que, após novas falhas, as duas partes acharam por bem botar um fim na passagem dele pelo clube. Era março e Adriano foi embora. O Corinthians foi campeão. Adriano perdeu a chance de se redimir.
Agora, mostrando novamente certa dedicação para dar a volta por cima, o Inter pode lhe abrir as portas. Atitude de risco do Colorado. Dunga tem pulso tão firme como o de Tite. Adriano consegue?
*Atualizada às 11h33
