Em 2 meses como técnico, Sabella leva Estudiantes à Libertadores
16 jul2009 - 01h38
(atualizado às 10h53)
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O ex-jogador Alejandro Sabella, técnico do Estudiantes, começou com o pé direito a carreira fora das quatro linhas: em dois meses de trabalho, levou a equipe ao título da Copa Libertadores.
Sabella, de 55 anos, chegou a La Plata em meio a uma crise, pois o time só tinha somado três pontos em nove possíveis no Grupo 5 da Libertadores - inclusive uma goleada de 3 a 0 para o Cruzeiro, rival que venceu nesta quarta-feira, no mesmo Mineirão.
Com o também ex-jogador Leonardo Astrada no banco, o Estudiantes eliminou os peruanos do Sporting Cristal na fase preliminar, mas amargou derrotas para os brasileiros e para o Deportivo Quito. A equipe também ia mal no Torneio Apertura argentino, e o treinador entregou o cargo em 11 de maio.
O veterano meia Juan Sebastián Verón, capitão da equipe, saiu em defesa de Astrada ao afirmar que o técnico não tinha culpa, e sim os jogadores. Os dirigentes saíram então em busca de um substituto com passado no clube.
O escolhido foi Sabella, ex-auxiliar nas passagens de Daniel Passarella como técnico da Argentina e Uruguai. Ele também fez parte da comissão técnica quando o argentino esteve no Corinthians, além de River Plate (ARG), Parma (ITA) e Monterrey (MEX).
Ele nunca tinha sido técnico principal e estrearia no clube que defendeu como meio-campo, e acabou campeão argentino em 1982 e 1983.
Sua chegada revolucionou o Estudiantes: o time obteve sete pontos em nove possíveis na fase de grupos, manteve a invencibilidade em casa - com direito a 4 a 0 sobre o Cruzeiro - e foi às oitavas.
Com ele no banco, o time não voltou a perder na competição. No Clausura, saiu das últimas posições e terminou em um honroso sexto lugar, com direito a vitória na casa do River Plate por 2 a 1 na última partida.
Sabella, que conhece muito bem o clube e sua torcida, acabou se tornando uma das figuras da quarta Libertadores do Estudiantes, também tricampeão de 1968 a 1970.
