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Elano conquista lacuna deixada em primeira passagem pelo Santos

23 jun 2011 - 00h28
(atualizado às 03h26)
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O meia Elano foi um dos personagens principais do título desta Copa Libertadores da América. Contratado no final do ano passado, junto ao Galatasaray (Turquia), para ser um dos pontos de equilíbrio da equipe na competição continental, o meio-campista teve papel fundamental na conquista, que havia escapado em 2003, na sua primeira passagem pelo clube.

Elano teve participação fundamental no tricampeonato
Elano teve participação fundamental no tricampeonato
Foto: Léo Pinheiro / Terra

Vice-campeão naquele ano, quando o clube alvinegro foi derrotado pelo Boca Juniors (Argentina) - o jogador não participou das finais -, Elano começou o ano de 2011 muito bem. Só que, após marcar gols e ter boas atuações, o meia também passou por momentos difíceis. Com a chegada de Muricy Ramalho e a mudança no seu posicionamento tático, passou a ter seu rendimento dentro de campo bastante questionado.

Acostumado às críticas, que atingiram até mesmo o seu relacionamento com a atriz Nívea Stelmann, o atleta relembrou a pressão que viveu no próprio Santos, no início dos anos 2000, quando o clube amargava um longo jejum sem títulos importantes.

"No Santos, é assim. Quando eu subi para o profissional até rojões jogavam dentro do campo do CT (Rei Pelé). O pessoal sempre cobrou muito. Naquela época, era ainda mais difícil porque o time não era campeão há muito tempo. Mas tudo muda quando os resultados acontecem. Essa cobrança não é algo que me abale. Nunca fugi as minhas responsabilidades", disse Elano.

Visto como um dos líderes do elenco, principalmente por ter participado da geração que reconduziu o SAntos aos títulos, com o Brasileirão de 2002, o meia foi enaltecido diversas vezes pelos seus companheiros de grupo. Seu maior entusiasta sempre foi o craque da equipe.

"O Elano é um cara especial", elogiou Neymar. "Além de ser esse grande jogador e nos ajudar muito dentro de campo, ele é para mim como um anjo que caiu do céu. O Elano é um irmão e eu estou aprendendo muito com ele. O Elano é um ídolo para todos no grupo, um grande companheiro e uma excelente pessoa", acrescentou.

Campeão da Libertadores, Elano chega ao seu quarto título no Santos. Titular da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, e convocado para a disputa da Copa América deste ano, ele mantém discurso humilde, mas espera engrossar ainda mais seu currículo com novas conquistas.

"No Santos, ganhei quatro títulos e fui artilheiro quando o time mais precisou. Nunca fui um jogador de grande destaque ou o camisa 10, mas sempre fiz o melhor pelas minhas equipes. Foi assim, com essa regularidade, que cheguei à seleção brasileira. Tenho uma carreira muito sólida e espero que as pessoas continuem me criticando, pois só assim eu vou crescer. Quero evoluir para ser campeão mais vezes", concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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