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Com título da Libertadores, Muricy "esnoba" Seleção e cala críticos

23 jun 2011 - 02h26
(atualizado às 04h32)
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Celso Paiva
Dassler Marques
Diego Garcia
Direto de São Paulo

O técnico Muricy Ramalho recebeu o convite para assumir a Seleção Brasileira logo após o fracasso do time na Copa do Mundo do ano passado. O treinador chegou a se reunir com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, mas não obteve a liberação do Fluminense na época e desistiu de assumir a equipe. Quase um ano após o ocorrido, o atual comandante do Santos afirmou que não se arrepende de negar o chamado, pois conseguiu conquistar o maior sonho da carreira: a Copa Libertadores da América.

"Não me arrependo porque eu tinha pessoas do meu lado, o Celso (Barros, da Unimed), o Horcades (então presidente do clube)... se fosse com eles eu não tomaria esta decisão (sair do Flu). Porque eu tinha que dar exemplo para a torcida do Fluminense que estava três anos lutando para não cair", disse.

"No fim do ano fui campeão brasileiro, sai do Fluminense e fui campeão paulista e agora a coisa que eu mais persegui na minha carreira: fui campeão da Libertadores", emendou o treinador após a vitória sobre o Peñarol por 2 a 1, nesta quarta-feira, no Estádio do Pacaembu, que deu o terceiro título continental ao Santos.

Com a conquista da Libertadores, Muricy aproveitou para explicar a saída do Fluminense no meio da competição sul-americana. Nos vestiários do Pacaembu, o técnico disparou contra o atual presidente do clube carioca, Peter Siemsen, e calou as críticas de que deixou as Laranjeiras pela fraca campanha no principal torneio das Américas.

"Quando eu saí do Fluminense, alguns de vocês da imprensa, 50% para não dizer que é todos, diziam que eu sai porque a gente não iria conseguir ganhar a Libertadores. Saí porque o presidente não acreditou em mim. Depois eu assumi um time que precisava ganhar do Cerro lá no Paraguai, sem Neymar, sem Elano e sem Zé Eduardo. Eu fui para Assunção sabendo que era difícil. Ganhamos lá e dali demos a arrancada", explicou.

Sobrou também para o São Paulo. Apesar de ter conquistado o tricampeonato brasileiro pela equipe tricolor paulista (2006, 2007 e 2008), o treinador deixou o clube pelas portas do fundo após a eliminação na Copa Libertadores de 2009 para o Cruzeiro, em pleno Morumbi. Segundo Muricy, ele foi o bode expiatório para justificar o erro dos dirigentes.

"De ontem para hoje foi difícil demais. Muito complicado. Eu durmo muito bem, mas a hora que eu acordo é complicado demais. Eu fiz uma campanha ótima com o São Paulo, cheguei bem próximo mas não consegui. E aqueles rótulos, as vezes as pessoas do próprio lugar culpam você para justificar erro de pessoas e jogaram para cima de mim".

No São Paulo, o melhor resultado de Muricy foi o vice-campeonato de 2006, quando perdeu a final para o Internacional.

Muricy lembra dificuldades no Santos:
Fonte: Terra
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