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Libertadores

Advogado diz que menor abandonou sinalizadores nas arquibancadas

25 fev 2013 - 12h15
(atualizado às 19h58)
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<p>Segundo Ricardo Cabral, apresentação do responsável deve liberar 12 torcedores corintianos que estão detidos em Oruro</p>
Segundo Ricardo Cabral, apresentação do responsável deve liberar 12 torcedores corintianos que estão detidos em Oruro
Foto: Bruno Santos / Terra

De acordo com Ricardo Cabral, advogado que responde pela Gaviões da Fiel, principal torcida uniformizada do Corinthians, os doze torcedores alvinegros que estão presos preventivamente na Bolívia são “inocentes” e foram detidos “aleatoriamente” pela polícia boliviana. Esses fãs foram identificados como supostos envolvidos na morte do boliviano Kevin Espada, 14 anos, durante a partida entre San José e Corinthians, disputada no Estádio Jesús Bermudez, em Oruro, na última quarta-feira, pela Copa Libertadores da América.

Segundo Cabral, os oficiais detiveram esses doze torcedores porque eles se encontravam próximos ao lugar na arquibancada onde estava uma mochila contendo sinalizadores. A bolsa teria sido abandonada por H. A. M., 17 anos, membro da uniformizada que se apresentará na tarde desta segunda-feira, na Vara da Infância e da Juventude de Guarulhos, e assumirá ter sido o autor do disparado do sinalizador que atingiu o rosto de Espada.

Cabral faz a defesa do adolescente e falou sobre o assunto na manhã desta segunda, após a chegada à Vara da Infância e da Juventude de Guarulhos. De acordo com ele, H. A. M. foi “hostilizado“ pela própria torcida corintiana após disparar o sinalizador e deixou rapidamente o local na arquibancada onde se encontrava, largando a mochila que continha outros artefatos.

“As imagens da televisão boliviana mostram isso”, afirmou o advogado. O número de série do sinalizador que tirou a vida de Espada seria o mesmo do material encontrado nessa mochila abandonada pelo menor.

Na noite deste domingo, em entrevista veiculada pela Rede Globo, H. A. M. explicou o disparo como “acidental”. Ele chegou ao Brasil na noite do último sábado e em nenhum momento esteve entre os doze corintianos que tiveram a prisão preventiva decretada em Oruro na última sexta-feira.

“Naquele exato momento em que o sinalizador disparou, eu estava comemorando o gol (de Paolo Guerrero, para o Corinthians, no início do jogo). Trouxe o sinalizador na minha mochila. Fui acender. Para mim, era igual os outros. Tirei a tampinha em cima, puxei a cordinha embaixo e não aconteceu nada. Quando puxei pela segunda vez, disparou para a torcida boliviana”, disse o adolescente, que afirmou ainda ter procurado informações no intervalo do jogo com a polícia boliviana sobre possíveis feridos, sem obter resposta.

Nesta segunda, Cabral afirmou ter “certeza” de que, após a confissão, H. A. M. não será extraditado à Bolívia e “vai responder o processo em liberdade" perante a Justiça brasileira “por homicídio culposo que infelizmente causou morte”.

O advogado disse ainda que a identificação do autor deve libertar os corintianos detidos na Bolívia e reverter a punição dada ao Corinthians pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). Em medida cautelar divulgada na última quinta-feira, a entidade proibiu o clube paulista de jogar no restante da Libertadores com a presença de seus torcedores, sendo mandante ou visitante.

Fonte: Terra
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