Presentes à final da Copa Libertadores no Estádio Mineirão, três jornalistas ingleses comentavam, com bom humor, sobre o repertório do time de Cuca, campeão da Copa Libertadores, depois de vencido o Olimpia-PAR na noite da última quarta-feira. “Às vezes, parece o Ipswich Town-ING do começo do século passado”, diziam sobre uma das equipes adeptas do estilo “kick and rush”. Em bom português, “chutar e correr”.
De acordo com dados do Footstats, o Atlético-MG de fato usou e abusou do expediente do chutar e correr. Ou, como se popularizou no Brasil, com o “chuveirinho”. Foram 85 lançamentos diretos da defesa para o ataque e outros 64 cruzamentos para a área ao longo de 90 minutos. Em dois desses últimos, Jô e Leonardo Silva marcaram os gols atleticanos.
Jô, por sinal, novamente se notabilizou como o principal alvo da ligação direta do Atlético. De 85 lançamentos, a equipe atleticana conseguiu manter a posse de bola em 39. Sozinho, o centroavante venceu 17 desses 39 duelos aéreos. Mas foi pelo chão, em bola cruzada por Rosinei e furada por Pittoni, que ele escorou para as redes com seu pé direito, quase sempre pouco útil.
Se ficará marcada como eficiente, pois permitiu ao Atlético conquistar o título mais importante de sua história, a tática dos cruzamentos foi excessivamente utilizada no primeiro tempo. Nesse período, o Olimpia conseguiu controlar melhor o jogador e repelir as investidas. A média atleticana de bolas cruzadas era de 14 por partida na competição. No Mineirão, após 45 minutos, já eram 24.
Os índices de cruzamentos e lançamentos do Atlético na decisão superam até as maiores médias da Copa Libertadores 2013. Em lançamentos, a liderança de todo o torneio ficou com o Peñarol, com 63 por jogo. Feita a conta para 90 minutos, já que a finalíssima teve prorrogação, o Atlético ganha com 64. Em cruzamentos, a Universidad do Chile teve 29, mas os atleticanos ficaram com 48 se calculada a proporção para 90 minutos.
Poucos roteiros de cinematográficos prenderiam a atenção e fariam o espectador sentir tantas emoções diferentes em tão pouco tempo. Mas Atlético-MG x Olimpia, nesta quarta-feira, seria um ótimo enredo. Já imaginou? Veja, a seguir, alguns detalhes – em preto e branco, como um bom clássico – desse possível filme
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Treinador que por muito tempo conviveu com a pecha de azarado, Cuca seria um dos protagonistas desse filme
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Como um bom filme, o título atleticano na Libertadores aconteceu sob a luz de uma lua cheia, claro
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Ronaldinho seria aquele ator ganhador de Oscar que daria um toque especial ao filme
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Mas o camisa 10, duas vezes melhor do mundo e pentacampeão mundial, não seria a única estrela do elenco
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Diego Tardelli, xodó da torcida atleticana, retornou ao clube após passagem pela Rússia e pelo futebol árabe para disputar a Libertadores
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O queridinho da torcida, porém, quase se tornou vilão depois de perder um gol incrível no final do segundo tempo, quando o placar ainda estava 1 a 0
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O jovem Bernard teria um papel importante no filme - e certamente encantaria o espectador
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Cria da base atleticana, Bernard se destacou, chegou à Seleção Brasileira e integrou o elenco campeão da Copa das Confederações antes de ajudar o time a vencer a Libertadores
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E o que dizer de Leonardo Silva? Após passagens questionáveis por clubes como Palmeiras e Cruzeiro, se tornou titular absoluto da defesa atleticana...
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... e conseguiu mais do que isso: marcou, de cabeça, no final do segundo tempo, o gol que forçou a prorrogação
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Difícil imaginar um torcedor que não tenha ficado tenso. E, certamente, muitos deles apelaram para a religião pedindo uma ajuda divina
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E Victor acabou sendo o grande herói atleticano na fase decisiva, defendendo pênaltis importantíssimos contra Tijuana, Newell's Old Boys e Olimpia
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O título inédito do time mineiro saiu nos pênaltis, após um dramático 2 a 0 no tempo normal e um empate sem gols na prorrogação
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Veja mais detalhes em preto e branco da decisão da Libertadores:
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Jô, atacante
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Jô, atacante
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Pierre, volante, disputa bola pelo alto
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Réver, zagueiro
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Jô, atacante
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Ronaldinho, meia-atacante
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Jô, atacante
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Jô, atacante
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Leonardo Silva, zagueiro, e Jô, atacante
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Réver, zagueiro, e Josué, volante
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Jô, atacante
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Rosinei, volante
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Diego Tardelli, atacante
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Ronaldinho, meia-atacante
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Junior Cesar, lateral esquerdo
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Leonardo Silva, zagueiro; Jô e Alecsandro, atacantes
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Barreira do Olimpia para cobrança de falta de Ronaldinho
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Bola na área do Olimpia
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Jô, atacante
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Ronaldinho, meia-atacante
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Ronaldinho, meia-atacante
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Árbitro colombiano Wilar Roldán define local da barreira