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Com dossiê, Andrés aposta em "diálogo", mas cogita boicote à Libertadores

4 set 2013 - 18h12
(atualizado às 18h13)
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<p>Andrés Sanchez não descartou um boicote às competições da Conmebol caso a entidade resista a mudanças em sua política financeira</p>
Andrés Sanchez não descartou um boicote às competições da Conmebol caso a entidade resista a mudanças em sua política financeira
Foto: Bruno Santos / Reprodução

O ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, convocou nesta quarta-feira ao Parque São Jorge personalidades do futebol como o deputado federal Romário, o argentino Diego Maradona e vários ex-jogadores e dirigentes sul-americanos com o propósito de anunciar o início de um movimento para "moralizar" o esporte no continente. Ele exigiu mudanças na política financeira da Conmebol e afirmou que tentará alcançar os objetivos por meio do diálogo, mas não descartou um eventual boicote do time alvinegro à Copa Libertadores da América e a outras competições da entidade.

Munido de uma auditoria feita de forma independente e que aponta desvios milionários nas finanças da Conmebol, o grupo reunido por Andrés atacou nomes fortes da federação sul-americana, principalmente o presidente Eugenio Figueredo e os dirigentes Julio Grondona e Marco Polo Del Nero - este último, possível adversário do corintiano nas eleições presidenciais da CBF no ano que vem. O "dossiê" contra a confederação deverá ser usado para pressionar os cabeças da entidade que comanda o futebol da América do Sul.

"Está sendo montada uma comissão de clubes, ex-atletas e algumas associações de jogadores, para mostrar (a auditoria) onde tem que se mostrar em primeiro lugar, que é a Conmebol, e exigir todas as mudanças. Se não tivermos isso, aí sim vamos tomar a atitude que cabe ser tomada. A princípio vamos tentar, somos pessoas de diálogo. Se não der, aí podemos fazer outras coisas, pode não ter campeonato, vamos ver lá para frente", disse Sanchez.

O ex-mandatário corintiano, assim como os companheiros de reunião, não especificou em nenhum momento os valores ou detalhes da auditoria - apenas que foi feita por uma "empresa internacional". O presidente do Bolívar, Guido Mariaca, explicou depois que as diferenças entre as cifras reais de contratos da Conmebol e o que era repassado aos clubes estavam na casa das "dezenas de milhões de dólares", e que o alerta foi dado inicialmente pelos clubes do Uruguai.

"No futuro, vamos ver o que vai acontecer. O que não pode é continuar da maneira que está. O Corinthians tem que pagar para jogar (a Libertadores), por exemplo, e os clubes recebem muito pouco. Haverá outras reuniões para chegarmos à conclusão disso (medidas efetivas a serem tomadas)", declarou Andrés.

Andrés diz que clubes vão "bater" na Conmebol:

Para Romário, o movimento contra a atual administração da Conmebol tende a ganhar simpatizantes quando os clubes brasileiros e do restante da América do Sul tomarem conhecimento dos números levantados na auditoria.

"Tenho absoluta certeza de que quando os clubes brasileiros tomarem consciência do que vem acontecendo na Conmebol, como sabem hoje Corinthians, Nacional, Peñarol e outros que estão aqui representados, a atitude é de se unirem e cobrarem tudo aquilo que foi tirado dos cofres desses clubes", falou.

"Quando vocês tiverem a exata noção dos valores que foram revelados aqui, não tem outra atitude a não ser os clubes se reunirem e tomar uma decisão. Do jeito que está, se continuar, ainda vai piorar", afirmou o deputado federal, também sem esclarecer quando e onde os valores serão divulgados.

Fonte: Terra
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