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Contra punição, Andrés dispara: "todo mundo se sentia um assassino"

10 mar 2013 - 22h52
(atualizado em 11/3/2013 às 00h08)
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Ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez criticou a punição sofrida pelo clube na Copa Libertadores pela morte do adolescente Kevin Beltrán Espada, atingido no rosto por um sinalizador naval atirado pela torcida alvinegra na partida contra o San José, na Bolívia, no mês passado. O dirigente ainda deu uma declaração forte sobre o caso, em participação neste domingo no programa Mesa Redonda, da TV Gazeta

"O que fizeram com o Corinthians é um absurdo, porque todo mundo do Corinthians se sentia um assassino. Nos três dias após o fato ficou uma coisa terrível, porque o Corinthians era culpado de tudo", disse. 

Andrés ainda completou alegando que uma pessoa não pode representar a torcida corintiana. "Se a torcida do Corinthians arrumasse uma briga, eu entendo que poderia ser corresponsável. Agora, foi um cidadão".

Por outro lado, o ex-presidente do Corinthians acredita que uma punição mais severa poderia servir de exemplo para mudar a conduta nos jogos da Libertadores, que vêm apresentando rotineiras falhas de segurança nos estádios. "Acho que o Corinthians não tinha que ser punido, mas ao mesmo tempo poderia ser excluído da competição para servir de exemplo. Já que tinha que ter um bode expiatório, poderia ser o Corinthians".

Após o incidente, um membro da Gaviões da Fiel, o adolescente H.A.M, 17 anos, assumiu a autoria do disparo que causou a morte de Kevin, 14 anos. Questionado sobre a relação entre o Corinthians e as organizadas, Andrés Sanchez declarou que o clube não oferece benefícios especiais aos membros.

"O Corinthians não ajudou e não ajuda, em nada, as torcidas. Na minha época, o Corinthians dava ônibus quando ia jogar em Goiânia e lugares mais longe, mas só isso", disse.

A morte do garoto Kevin gerou a prisão de 12 corintianos supostamente envolvidos no caso. Nesta semana, o deputado federal Walter Feldman (PSDB), integrante da CPI (comissão parlamentar de inquérito) do Trabalho Escravo, viajou ao país vizinho e visitou os torcedores, buscando a liberação diante das autoridades bolivianas.

Andrés Sanchez acredita que o deputado cumpriu com a sua função e não vê nenhuma anormalidade nessa viagem. "Ele foi fazer uma visita como cidadão para ver como está a situação dos prisioneiros. Acho que é normal. O governo tem que tomar uma atitude para ajudar os brasileiros pelo mundo inteiro", opinou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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