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Dois gols e disposição: Pato é referência em goleada

Artilheiro do São Paulo no ano deu nova dinâmica ao ataque, se movimentando de um lado ao outro e sendo decisivo na vitória sobre o Danubio na Libertadores

25 fev 2015 - 23h53
(atualizado em 26/2/2015 às 00h53)
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Em sua estreia na Libertadores pelo São Paulo na noite desta quarta-feira, Alexandre Pato brilhou. Com dois gols, o camisa 11 do clube tricolor não eteve apenas uma noite artilheira: mostrou disposição sem a bola tanto em situações de ataque quanto de defesa, dando opções de passe aos seus companheiros de equipe e ajudando com desarmes ou forçando jogadores do Danubio a darem chutões na goleada por 4 a 0.

Na primeira vez que pegou a bola, Pato partiu para cima de três adversários e levou a melhor. Na segunda, abriu o placar no Morumbi com um lindo voleio que concluiu uma jogada plástica construída pela esquerda por Michel Bastos e Reinaldo.

Os dois canhotos contribuíram com uma parcela de beleza no lance: o camisa 7 ajeitou de calcanhar para o 16, que fez o que quis com a marcação de Peña antes de mandar na medida para Pato estufar as redes.

Alexandre Pato chuta de primeira para abrir o placar para o São Paulo
Alexandre Pato chuta de primeira para abrir o placar para o São Paulo
Foto: André Penner / AP

O desempenho diante dos uruguaios foi exatamente o contrário do duelo com o Corinthians. Enquanto no clássico paulista o ataque são-paulino foi apático, com pouca movimentação dos atacantes quando a bola passava pelo meio-campo, o trio formado por Pato, Michel Bastos e Luís Fabiano deu muita dor de cabeça ao adversário.

Abertos pelos lados esquerdo e direito do campo, respectivamente, Michel e Pato saíam das suas posições de origem para aparecerem centralizados, buscando o jogo e protagonizando bonitas tabelas, duas coisas que não ocorreram em Itaquera na semana passada.

O jogo leve do time anfitrião não agradou o time visitante, que não aliviou na marcação e vez jus ao estigma do futebol do Uruguai: a violência travestida como "raça". Peña, em especial, não foi nada delicado ao tentar desarmar adversários que tentavam investidas pela sua lateral direita. Em menos de 20 minutos, o defensor já havia levado o cartão amarelo por dar um pontapé em Michel Bastos.

Conforme a defesa do Danubio se ajustou ao posicionamento ofensivo desenhado por Muricy Ramalho, Pato deixou seu posicionamento inicial mais à direita para se deslocar por todo o ataque. Em uma passagem pela ponta esquerda, o camisa 11 deu show, aplicando um chapéu na marcação e cruzando na medida para Luís Fabiano, que não conseguiu se desvenciliar dos marcadores dentro da área após dominar.

Alexandre Pato e Luís fabiano comemoram no Morumbi
Alexandre Pato e Luís fabiano comemoram no Morumbi
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

O artilheiro são-paulino do ano não parou por aí: aparecendo como centroavante em um contra-ataque pela direita, Pato completou de cabeça cruzamento de Bruno para fazer seu oitavo gol em nove jogos na temporada com a camisa tricolor. Ele ainda levou uma porrada de Pereyra por trás antes do árbitro Enrique Osses apitar o final da primeira etapa.

"Libertadores é jogo da vida. Quero correr bastante, suar bastante, sair satisfeito no final do jogo", expressou o atacante antes de descer para os vestiários no intervalo, à TV Globo. Alexandre Pato mostrou, de fato, disposição nos primeiros 45 minutos: pressionou a saída de bola adversária, caiu pelos dois lados do campo, buscou jogo pelo meio e apareceu na área para marcar duas vezes. 

O fôlego do goleador não acabou no segundo tempo, tanto que ele se destacou pela pressão aplicada quando os defensores adversários tentavam sair da retaguarda. A atenção do camisa 11 contrastou com o relaxamento da zaga são-paulina, que cedeu espaços para o Danubio atacar. Esse desleixo defensivo não fez a diferença nesta quarta-feira, mas tinha tudo para ser o motivo de uma derrota ou empate caso o adversário do dia fosse mais qualificado.

De negativo para o São Paulo, depois da atuação destacada de Pato, fica o "e se" o jogador pudesse encarar o Corinthians, clube dono do camisa 11. O atacante deu uma nova dinâmica ao setor ofensivo tricolor e não há no elenco nenhum atleta com características semelhantes para fazer sua função com a mesma qualidade contra o rival no dia 22 de abril, na rodada derradeira do Grupo 2 da Libertadores.

Fonte: Terra
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