Delegação do Palmeiras não passou pela área de desembarque do Aeroporto de Cumbica, no retorno ao Brasil, após entrar em conflito com torcedores organizados no Aeroparque de Buenos Aires; time usou saída alternativa para evitar contato com os poucos torcedores que aguardavam a equipe em Guarulhos
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Bagagem dos palmeirenses saiu por volta das 14h30 na área de desembarque, mas jogadores e comissão técnica usaram outra saída
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Conflito entre jogadores e torcedores começou quando membros da organizada foram cobrar Valdivia, e resultou em ferimento na cabeça do goleiro Fernando Prass
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Único membro da organizada presente no Aeroporto de Cumbica não participou da briga e disse que "não tinha como" ser algo premeditado pela torcida
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Policiamento foi reforçado em Cumbica para a chegada do Palmeiras, mas não houve transtornos
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Depois do desembarque palmeirense, o presidente Paulo Nobre convocou uma entrevista na Academia de Futebol para se posicionar sobre a confusão com os membros da organizada no aeroporto argentino
Foto: Alê Cabral / Agência Lance
Paulo Nobre se irritou com a atitude dos integrantes do grupo organizado: "o Palmeiras não é refém de organizada, e o fato de respeitarmos todo tipo de torcedor não faz do Palmeiras refém"
Foto: Alê Cabral / Agência Lance
"O que aconteceu é inaceitável, e o Palmeiras não vai tolerar esse tipo de atitude daqui para frente. Isso não é atitude de um torcedor apaixonado, é de bandido que está na torcida uniformizada", disparou o presidente alviverde
Foto: Alê Cabral / Agência Lance
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O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, apoiou o meia Valdivia na briga com a torcida do clube. Após a agressão desta quinta-feira, o mandatário ainda prometeu reforçar a segurança contra represálias.
"O jogador tem sua vida privada, vamos orientá-lo a não se expor tanto. Temos que reforçar a segurança para isso não acontecer mais", disse Nobre, em entrevista na Academia de Futebol.
"O Valdivia, quando comete ato indisciplinar, é punido, não tem regalia para ele. Esse ano ele tem que ser elogiado. No Carnaval se tratou todos os dias, está sendo exemplar em campo. Tem apoio da diretoria e não tem sangue de barata", continuou o mandatário.
Na última terça, Valdivia havia respondido com gestos obscenos às ofensas de torcedores em treinamento. O incidente causou a ira dos palmeirenses, que foram às vias de fato com os jogadores na manhã desta quinta, em aeroporto na Argentina, após revés por 1 a 0 contra o Tigre, pela Copa Libertadores.
"Ele pode ter trocado xingamento com torcedor, não apoio isso, mas tem apoio pelas atitudes neste ano. No Carnaval ele se tratou todos os dias. Nosso bom relacionamento com as organizadas existia até ontem (quarta-feira)", minimizou Paulo Nobre.
A agressão de uma torcida organizada do Palmeiras aos jogadores nesta quinta-feira, em um aeroporto da Argentina, foi apenas mais um capítulo das confusões envolvendo torcedores do clube com atletas e técnicos. Membros da organizada cobraram jogadores após a derrota por 1 a 0 para o Tigre e partiram para cima de Valdivia no saguão. Relembre outros dez casos, do mais recente para o mais antigo:
Foto: AFP
Em janeiro de 2013, o lateral direito Fabinho Capixaba foi xingado por torcedores nas imediações de um salão de cabeleireiro, e entrou em conflito físico com o agressor, em uma rua na frente do Palestra Itália
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Em outubro de 2011, o volante João Vitor foi agredido por um grupo de torcedores quando estava com mais dois amigos na loja oficial do Palmeiras para comprar camisas. O jogador teria sido provocado e entrado em um enfrentamento com os torcedores, saindo com a boca machucada por causa de chutes no rosto. O atleta foi afastado do elenco pouco depois e deixou o clube
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Antes ídolo do clube, o atacante Kleber foi alvo de protestos em outubro de 2011, quando um grupo de torcedores foi até o condomínio onde o jogador mora, em Osasco, com uma faixa para pedir sua saída do clube. Já em frente ao Palestra Itália, um boneco do jogador foi surrado e queimado. No mês seguinte, ele saiu do Palmeiras rumo ao Grêmio
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Na chegada da delegação palmeirense ao Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, para um jogo contra o Internacional em junho de 2011, alguns membros de torcida organizada hostilizaram os jogadores. O volante Marcos Assunção se revoltou e discutiu asperamente com os torcedores, chegando a ser ameaçado, para defender atletas criticados como Luan e Adriano "Michael Jackson"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Após a goleada por 6 a 0 sofrida para o Coritiba em maio de 2011, pela Copa do Brasil, o atacante Luan foi quem pagou o preço. Um coquetel molotov (arma incendiária) foi atirado para dentro do CT Academia de Futebol e atingiu o carro do jogador, quebrando o vidro da janela. Luan continuou sendo criticado por torcedores, e em 2013 acertou sua saída do clube
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Em abril de 2010, no jogo de ida pelas quartas de final da Copa do Brasil contra o Atlético-GO, o meia Diego Souza foi substituído e muito xingado por um grupo de torcedores no Palestra Itália. O jogador, que já vinha sendo criticado pela torcida desde o fim do Brasileiro de 2009, ficou furioso e respondeu com muitos palavrões. Acabou saindo do Palmeiras no mês seguinte e acertando com o Atlético-MG
Foto: Getty Images
Em dezembro de 2009, o atacante Vagner Love, principal contratação alviverde do ano, foi agredido por três torcedores quando saía de uma agência bancária na capital paulista. O atleta teve seu carro chutado e também recebeu pontapés. Após o episódio, acertou sua transferência para o Flamengo para a temporada 2010
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Na semana anterior à agressão contra Vagner Love, o também atacante Lenny também passou por situação muito semelhante. O jogador estava saindo de um banco quando foi cercado e ameaçado por torcedores organizados do Palmeiras
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Em novembro de 2008, foi a vez do técnico Vanderlei Luxemburgo sofrer com a violência de torcedores organizados. Em embarque do Palmeiras no Aeroporto de Congonhas, cerca de 20 torcedores causaram confusão e trocaram empurrões com o treinador, que precisou imobilizar o braço machucado após o episódio. Ele deixou o Palmeiras em junho do ano seguinte, após polêmica envolvendo o atacante Keirrison
Foto: Helio Suenaga / Gazeta Press
Hoje ídolo no Corinthians, o técnico Tite também foi ameaçado por torcedores organizados em setembro de 2006, em episódio que culminou com seu pedido de demissão do clube. O treinador saiu alegando desavenças com o diretor Salvador Hugo Palaia, e foi alvo de protestos de torcedores no Aeroporto de Cumbica, precisando de escolta policial para deixar o local